“9. Quanto às mulheres, que elas se apresentem em trajes decentes e se enfeitem com pudor e modéstia. Não usem tranças, nem objectos de ouro, pérolas ou vestuário luxuoso;
10. mas enfeitem-se com boas obras, como convém a mulheres que dizem ser piedosas.
11. Durante a instrução, a mulher deve ficar em silêncio, com toda a submissão.
12. Eu não permito que a mulher ensine ou domine o homem. Portanto, que ela permaneça em silêncio.
13. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva.
14. E não foi Adão que foi seduzido, mas a mulher que, seduzida, pecou.
15. Entretanto, ela será salva pela sua maternidade, desde que permaneça com modéstia na fé, no amor e na santidade.”
Sem mais.
Severiano Miranda.
Ou seja, toda a graça será alcançada se a mulher parir e for submissa. Faço como tu, Severiano, me abstenho de comentar mais.
Severiano,
O Levítico é ainda mais interessante…
Era o PIG da época.
É isso Severiano. Os primeiro cinco livros da Bíblia são terríveis. Jack Miles escreveu dois poemaços. Deus uma biografia. E Cristo uma crise na vida de Deus. O primeiro, óbvio analisa o V.T. O segundo o N.T. Deus e sua dualidade. Tem uma passagem que não sei se do Levítico ou de outro desses cinco a respeito do sábado. Que você pode matar seu vizinho se ele não respeitar o sábado, vender seus filhos e invadir o país vizinho. Inacreditável. Como não sou estudioso biblico e meu suvaco não lê, prá ter passado tempos andando com ela debaixo do braço eu me afastei uma eternidade desse deus pequeno, mesquinho, sacana, escroto e machista. É melhor não comentar. Pior que os judeus só tem essa banda velha e carcomida. Pelo menos no N.T há lições de vida e de convivência em sociedade.
a propósito do tema, um dos videos que mais ri na minha vida!!!
http://www.youtube.com/watch?v=gtprz7FqXNM
kkkk este video está engraçadissimo.
Mas credo….. que Timoteo esperto, hehehehehehe
Desde que contextualizada, a passagem tem seu sentido. Escandaliza-me, por evidente ingenuidade, quem se escandaliza por achar que o texto, solto no tempo e no espaço, será uma prova de que os cristãos de todos os tempos são perversos com as mulheres.
E impossível não pensar que a postagem do trecho, desta forma, não tem outra finalidade que não seja o deboche, somente equiparável ao protestantismo proselitista de baixo nível.
Conhecendo como conheço os reponsáveis por este espaço, penso que o blog merece “matérias”
e um debate mais qualificado.
O problema está na sempre contextualização atemporal destas palavras. Os valores cristãos em relação as mulheres continuam os mesmo e não se tem levado muito em consideração as nossas características históricas, nomeadamente do momento em que vivemos.
Ainda se pensa muito que a mulher existe para reprodução e submissão. O caráter divino é que faz com que estes valores se proliferem e se eternizem no tempo.
Uma experiência de doer nos neurônios é ir a algum casamento neo-pentecostal.
Nessas ocasiões, proclamam-se submissões avassaladoras, com recurso ao Velho Testamento, sem qualquer consideração de contexto histórico.
Simplesmente, traslada-se uma norma condicionada à história, à geografia e a todos as circunstâncias culturais da época de sua elaboração, para o aqui e agora.
Isso, para emprestar um suposto fundamento divino a uma dominação humana. Visto por esse prisma é mais que ridículo mesmo.
Daniel,
Realmente, um trecho de texto do Antigo Testamento, considerado isoladamente de suas circunstâncias temporais, geográficas e étnico-culturais diz pouco. São regras de vida prática, antigas já de três a quatro mil anos.
Todavia, creio que o interesse na sua menção deva-se exatamente a que muitos – nomeadamente reformados neo-pentecostais – servem-se dessas regras como atemporais.
E aí reside o ridículo, a presunção e o anacronismo. Timóteo, esse não tem ridículo algum, que estava em seu tempo.
Os que o invocam cegamente, hoje, esses sim, devo dizer, incorrem em profundo ridículo.
Você sabe que eu aprecio as escrituras, como a um poema ou a um livro de história.
O novo testamento e as cartas merecem uma visão um tanto diferente, porque veiculam uma promessa.
O antigo não promete coisa alguma a quem não for do povo eleito. Dai fica relativamente fácil le-lo para quem não é eleito.
E fazendo a conexão com o N.T. o mestre Jesus disse que não veio contrariar as escrituras mas confirmá-las. E nos lega para mim a única frase digna de ser lida e vivida e revivida em toda a Bíblia e que não é mais livro de História: “Amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado”. Não tem texto, nem contexto, nem pretexto, nem coisa alguma que diga que retirada essa frase, ela perca o sentido. Qualquer criança, qualquer cidadão analfabeto, cego, surdo, mudo, doido entende. Ela é viva. É vida. Destrói as religiões. Destrói os muros. É a mais bela poesia que pude ler na minha vida. E , principalmente, varre todos os teólogos para o lixo. O resto é um belo de livro de guerras, machismos, infanticídios, incestos, ateus e deus. E por isso mesmo rende tanto. $$$$$ nos olhos dos outros é Universal.
De fato, Domingos, essa frase é bastante livre de condicionantes, embora não totalmente.
Permita-me discordar um pouquinho e não me tome na conta de chato. É gosto pela conversa.
Há condicionantes mais ou menos sutis no “Amai-vos uns aos outros como eu os tenho amado”.
Uma é a historicidade do personagem. A proposição implica um modelo de dador de amor a ser seguido, logo ele precisa ter existido.
Outra é quase filosófica. É preciso analisar como o Galileu os vinha amando. Pois essa é a forma que ele quer ver adotada pelos demais, talvez em proposta ousada para destinatários menos perfeitos que ele.
Mas, certamente, é muito mais independente de pretextos, textos e contextos, como tu disseste.
É verdade. Passaste a lupa e ainda há amarras na frase. Mas com certeza se existe alguma”teologia de libertação” noves fora os L.Boff da vida, é nessa frase que me situo. Até porque se ainda conseguirmos diminuir mais ainda a frase para simplesmente Amai-vos, ainda teremos condicionantes. Até para definirmos o que é o Amor. É mais fácil acharmos definições para o que não é o “Amai-vos uns aos outros” e aí é só pisar em qualquer templo, do que encontrarmos uma unicidade na frase de Jesus. Daí a beleza das discussões profícuas. Ganham todos. Ninguém perde nada. Sem prerrogativas de ser tutelado. E como diria o filósofo Bira de Yellow House: AMÉM.
Saravá!
Interessante é colocar uma passagem do antigo testamento, até levídico que é bem “radical” e não saber o sentido desse livro na Bíblia.
Em levídico até manda matar quem faz “horóscopo” e etc.
Alguém já falou acima sobre a falta de contextualização, etc, mas queria acrescentar que tanto na teologia como nas pregações das missas que participo essa parte do antigo testamento existe porque nossa religião (cristianismo) tem como base o judaismo.
O antigo testamento mostra como surgiu o judaismo e as leis que eles utilizavam. Não é a toa que Cristo traz a “nova aliança”.
Se quissesem mesmo fazer uma crítica séria, veriam que inclusive os doutores da lei tentavam muitas vezes confrontar Cristo com essas lei (e.g., passagem onde reclamam que Cristo não deveria fazer uma cura no sábado, o do apedrejamento de uma mulher pecadora “quem não tiver algum pecado que atire a primeira pedra”, etc.