Um espaço de convívio entre amigos, que acabou por se tornar um arquivo protegido por um só curador.

Mês: maio 2011 (Page 3 of 4)

Quem são os credores dos Estados Unidos da América.

Os Estados Unidos da América inverteram uma premissa fundamental: ao invés de financiarem-se a partir da tributação, fazem-no tomando empréstimos às grandes corporações e aos cidadãos mais ricos e a credores soberanos, ou seja, a outros países. Para as classes dominantes, é uma maravilha!

Em setembro de 2010, segundo dados da Secretaria do Tesouro Norte-Americano, 42% da estupidamente grande dívida pública de 14 trilhões de dólares era frente a grandes corporações, fundos de pensão dos militares e dos civis e cidadãos riquíssimos. Para esses, emprestar dinheiro ao governo é muito melhor que pagar impostos!

Os restantes 58% da imensa dívida pública são tomados à China, Japão, aos exportadores de petróleo, Reino Unido e ao Brasil.

Sustenta-se uma situação tal? Dificilmente! Apenas mantém-se porque o Governo dos EUA tem a maior garantia que a economia e a realidade permitem: muitas bombas nucleares.

 

Auto-complacência e falta de percepção da realidade. O caso do Sport de Recife.

Um episódio vulgar: a equipe do Santa Cruz, de Recife, ganha o campeonato estadual de futebol, superando, nas finais, a equipe do Sport. Na verdade, um episódio vulgaríssimo, comuníssimo, principalmente considerando-se que não estão em jogo questões de nacionalidade ou de antagonismo regional, porque as duas equipes são da mesma cidade.

Mas, o futebol é das áreas mais férteis para a percepção das dinâmicas sociais. A formação de grupos de adeptos dessa ou daquela equipe atende a certas condições identificáveis, nas suas origens. Depois, a coisa marcha com inércia própria e distancia-se um pouco das condições iniciais. No caso dessas duas agremiações, sabe-se que a primeira teve origens modestas, nas camadas mais baixas da sociedade do Recife. E que a segunda forjou-se nas classes médias baixas.

Hoje, esse corte sócio-econômico não tem quase sentido, porque os números de adeptos são muito grandes e a permeabilidade social também. Convém a qualquer equipe ter o maior número possível de seguidores – preferencialmente cegos – e todas as classes sociais tornam-se alvos, consequentemente. Além disso, as direções das equipes nada têm a ver com as composições de suas torcidas.

A identificação ou a devoção de uma pessoa a uma equipe de futebol é algo estranhíssimo, se virmos a coisa em termos abstratos. Assim, parece-se com a diferença entre o gostar-se do azul ou do amarelo. Convém ressaltar o que está no primeiro parágrafo, para colocar o caso da representação de nacionalidade ou regionalismo em campo diverso.

O Barcelona, por exemplo, é o caso evidente de uma identificação que transcende o futebol, pois é o símbolo maior de uma nacionalidade. Aqui, a coisa deve ser percebida por outro ponto de vista e faz mais sentido ou, pelo menos, é mais perceptível.

Nos casos de devoções a equipes que significam apenas uma reunião em torno a um símbolo teoricamente igual a outros, a inclinação deve ser decomposta em vários fatores. Há os condicionantes iniciais, ou seja, uma ligação de solidariedade inicial que, todavia, passado o tempo e aumentado o grupo, passa a ter relevância discreta.

Há o êxito, fator importantíssimo. Uma equipe de muitos êxitos tende a reunir número maior de adeptos. Aqui, entra em cena algo demasiado humano, o querer ter êxito por seguir um êxito alheio. É previsível querer participar de uma idéia de vitória, que é uma idéia de superioridade, evidentemente. Isso é próprio dos esportes coletivos, pois a equipe permite a extensão da noção de equipe aos seguidores.

As identidades futebolísticas tendem ao fanatismo em forma pura, quer dizer, ao antagonismo baseado em indiferenças reais. Sim, porque não se antagonizam idéias sobre a beleza do desempenho do esporte, mas somente diferenças entre preferir o verde ao vermelho.

Alguns séquitos de adeptos distinguem-se de outros pela intensidade da cegueira de suas devoções. Parece-me algo aparentado ao farisaísmo, que reúne a reivindicação da pureza, a mania de perseguição, a certeza da superioridade e a incapacidade de ver as coisas claramente e segundo as proporções existentes. Tais inclinações conduzem o seguidor a conflitos com o desenrolar dos fatos e levam-no a uma necessidade de simulação constante.

O caso específico dos torcedores do Sport de Recife é de estudar-se. Não se limita a fanatismo; essa é uma palavra insuficiente para apreender o comportamento, embora seja uma das chaves. Trata-se de uma crença quase religiosa que leva o crente a não aceitar uma realidade e a precisar justificar-se justificando algo que não depende dele.

Se esta equipe perde um jogo, será necessário encontrar motivos para tanto, excludentes da mais provável hipótese, que é a falta de competência técnica em um dado momento. Engraçado é que o adepto precisa justificar aquilo que ele não fez, porque ele acha-se presente naquilo em que não participa, embora creia que sim.

A psicologia do adepto de tal equipe revela que ele acredita no símbolo de uma superioridade, que só pode ser afastada por conspirações tão improváveis como intrincadas. Assim, o juiz terá roubado, outras equipes terão trocado subornos cuja lógica é enigmática, o tempo terá conspirado contra, as radiações gama terão atingido os futebolistas e outras coisas desse gênero. Nunca terá sido apenas um caso de futebol!

O mais dramático que deriva dessa postura é a incapacidade de ver a equipe perder. Entra em cena uma coisa fantástica, então: a simulação da indiferença e do bom humor que se dá ares de superioridade complacente, embora roa-se internamente de incompreensão e fúria assassina. O adepto em questão quer reservar-se o campo da piada autoconcedida, aquela que ele julga cabível para si, aquela auto-complacente.

Rojões quase à minhota e salada de feijões brancos.

Vendem-se, por aqui, uns filetes de porco interessantes. Sim, interessantes porque são relativamente grandes e permitem imaginar que se criam porcos imensos, a julgar pelos meus conhecimentos de anatomia porcina. Os filetes têm vantagens e desvantagens, como quase tudo. Eles são muito macios e não há como fazê-los ficarem duros. São facílimos de se fazerem, sejam fritos, sejam guisados – estufados – sejam grelhados.

Por outro lado, não é uma peça muito saborosa, como são a perna e o lombo. Acho, mas não tenho certeza, que os rojões minhotos são feitos da perna do porco, de onde vem a carne mais saborosa que existe, como bem apontavam os astecas. Faço aqui um pequeno parêntesis para lembrar essa maravilhosa constatação dos mexicanos astecas, a propósito da carne do porco, que não conheciam e passaram a apreciar depois que os espanhóis introduziram-na no México.

Eles diziam que a única coisa boa que os espanhóis haviam trazido era o porco que, depois da carne humana, era a melhor que havia! Hoje, uma tentativa de comprová-lo cientificamente seria crime, tempos terríveis esses presentes…

Bem, tomei um filete de porco de aproximadamente um quilo. Cortei-o em escalopes, ou seja, transversalmente, e depois dividi os escalopes ao meio: eis os rojões. Em uma assadeira, pus os rojões com bastante alho espremido, folhas de louro, sal, pimenta do reino e, claro, vinho. O porquinho passa um dia inteiro a banhar-se nessa vinha d´alhos.

Além da inovação do corte do porco, atrevi-me a outra: pus umas rodelas de linguiça fumada, também a descansar no banho de vinho e alhos e sal e pimentas e louro.

Hoje, pelas onze e meia, espremi mais alho – essa liliácea nunca é demais na cozinha – em uma caçarola com azeite e coloquei no fogo alto. Três minutinhos depois, os rojões e as rodelas de linguiça. O caldo da vinha reserva-se, para entrar depois.

Passados uns dez minutos, virando-se os rojões, acrescentei o caldo de vinho, sangue e alho, baixei o fogo, tampei a caçarola e esperei uns vinte minutos. Pronto, estava no ponto a carne dos deuses.

Entretenho-me a cortar verduras. É uma coisa repetitiva e que requer atenção, é como rezar um mantra indiano. Então, tomei dois maços pequenos de cebolinhas e fatiei-os em rodelinhas. Cebolas, cortei-as em pedaços médios, quase simétricos. Tomates foram cortados com uma diligência monástica, quase todos do mesmo tamanho. Coentro – essa dádiva cheirosa – lava-se e corta-se apressadamente.

Tudo isso foi colocado em uma peneira, lavado em água corrente e posto em uma panela, com vinagre branco. Os feijões, simples feijões brancos, grandes, cozinhados em água e sal.

Simplesmente, misturam-se os feijões escorridos com a cebola, a cebolinha, o tomate e o coentro, em uma panela média. Põe-se um pouco de vinagre e de azeite e está pronta a salada!

Há uma semana o tempo está chuvoso e estamos meio próximos ao inverno, o que significa temperaturas razoáveis, agradáveis 22º, coisa rara nesta terra que é a fornalha do mundo. Então, podemos dedicarmos-nos à extravagância das carnes – ainda que matizadas pela suavidade da salada – e a um honesto vinhozinho do Dão.

Honesto, sim, e até barato, mesmo em reais. Um Dão de Touriga Nacional e Tinta-Roriz, razoavelmente encorpado, razoavelmente persistente e pouco alcoólico. Depois, bem, depois foi escrever essas bobagens e dar um cochilo!

O óbvio, garantido por um especialista.

O crime contra o patrimônio em evidência, no Brasil, é a explosão de caixas de bancos. Por todos os lados, explodem-se caixas de levantar dinheiro na rua, com dinamite. Quando isso não machuca alguém que nada tenha a ver com a coisa, acho até engraçado e engenhoso meio de roubar os bancos, afinal eles merecem.

Evidentemente, isso virou notícia de jornal televisivo. Não vejo muito televisão, e jornais apenas da Bandeirantes e da Record. Não que sejam bons, mas são  menos ruins que os da Bobo, esses insuportáveis em pedantismo, mentira e dramaticidade de problema inexistente.

Eis que o jornal da Bandeirantes falava nas tais explosões, havidas em São Paulo. Houve delas no país inteiro, mas precisou acontecer no centro de São Paulo para ser relevante. E, lá pelas tantas, a apresentadora diz: segundo especialistas, essa é a forma escolhida pelos ladrões porque conseguem dinheiro com menos riscos.

Segundo especialistas? Quais especialistas são tão especiais para dizer-se uma obviedade dessas? Todos os crimes que visam a dinheiro e são praticados por ladrões um pouco acima da barbárie total visam a dinheiro e aos menores riscos. É claro que o meio foi escolhido por ser o mais eficaz, ou seja, o de maior retorno com menos riscos.

Precisava de um especialista para diagnosticar essa evidência? Sim, porque há especialistas para tudo, incluindo-se o óbvio mais óbvio. Aquilo que qualquer pessoa sabe, ela deixa de saber, porque está acertado que é assunto para especialistas, como tudo. Não se ousa dizer que uma coisa é como sempre se supôs que fosse, porque será âmbito de alguma especialidade e, portanto, ninguém deve aventurar-se nela como se fosse coisa comum.

Claro que o óbvio continua a ser a maior parte das vidas. Em conversas particulares, de cafés e bares e locais de trabalho, o óbvio está impregnado como o óleo nas engrenagens de uma caixa de mudanças. Mas, as mesmas pessoas que obviam suas vidas nas conversas comuns, aceitam que as obviedades sejam subitamente elevadas a coisas de especialistas, nos jornais televisivos e solenes.

Os pontos de vista mudam. Alteram-se na passagem do à vontade para o à sério, embora ambos girem em volta da mesma coisa, uma obviedade! Ela consegue ser duas, sendo uma e só uma, conforme seja trivial ou seja adornada de circunstância por um agente dador de seriedade, o especialista.

 

Tocata e fuga em Ré menor, de João Sebastião Bach, para os dois lados do cérebro.

Sidarta, estimado, pensei em ti quando vi este magnífico vídeo. A melodia da Tocata e Fuga em Dó Maior, de Bach, é triste e insinua uma transcendência gloriosa, talvez temida, talvez com percalços, certamente tributária do platonismo para as massas, na sua melhor interpretação reformada. Em música, é o que Kant foi em filosofia racional cheia de deidades categóricas, disfarçadas em aparente racionalismo. Kant, afinal, é o São Tomás da Reforma.

Mas, não é isso que interessa, por aqui.

O vídeo e a música fazem pensar em limites e possibilidades das linguagens. Por um lado, o que se vê é matemática pura, porque tempos, tons e semitons, na escala cromática, são questões de divisões. Interessante é um mesmo significado ser apresentado por três significantes, ao mesmo tempo, o que nos permite perceber as diferentes abordagens que podem resultar dos hemisférios esquerdo e direito.

Vê-se, sob um aspecto, e escuta-se, também sob um aspecto, matemática. E com uma clareza imensa.

Ao mesmo tempo, o que se vê, os pontos e barras com tempos e intensidades e, mais, cores, é percebido espacialmente, em uma competência especial do hemisfério direito.E com a melodia, dá-se o mesmo, porque ela percebe-se em três dimensões, certamente em função das competências da metade direita dos lobos frontais.

Mas, esse lobos comunicam-se, por meio dos corpos calosos, e tudo percebe-se como um e vários! Já imaginaste como isso seria visto por alguém submetido a calosectomia? É pena que não se possa mais perguntar a Roger Sperry!

Medicina: e a vítima ainda precisa compadecer-se do algoz!

Esse vermelho pode ser lavado…

Dói onde?

 

Convém dizê-lo muito claramente: os serviços médicos, no Brasil, são muito ruins para os que não os podem pagar aos bons profissionais, que não mantém qualquer relação com o Estado.

Os restantes, públicos, semi-públicos ou prestados por meio de seguros e planos de saúde são ruins e caros. A parte evidente do problema é falta de dinheiro e de rigor, embora nossa forma distorcida de ver insista em bobagens laterais como defeitos de gestão e outras coisas mais subjetivas.

O custo elevado explica-se, basicamente, por duas coisas: 1 – equipamentos e procedimentos caros, muitas vezes desnecessários, que precisam ser remunerados; e 2 – escassez de médicos, ou seja, pouca oferta de profissionais em relação à demanda pelos serviços.

O preço de um serviço não escapa da lei básica de procura e oferta. Há poucos médicos e profundamente mal distribuídos no território do país, ao tempo em que há muitos doentes. Assim, podem cobrar caro pelo trabalho; é compreensível que assim seja.

Condicionar a prestação de um serviço essencial a remunerações altas ou muito altas é uma chantagem que se pode fazer e não há no termo chantagem um conteúdo moral ou axiológico, é apenas o nome da postura. Já se faz e tem grande êxito para um dos lados, o dos prestadores do serviço.

Os usuários dos serviços público e semi-público nunca estiveram bem, sempre foram mal atendidos e sempre viram claramente que a pobreza não pune duplamente, senão infinitamente. O que têm a perder é pouco, porque só se perde o que já se teve.

Acontece que ao absurdo costumam-se ajuntar mais absurdidades, porque nada está tão ruim que não possa piorar. À situação objetiva de mau atendimento a preços elevados, acrescenta-se um discurso piedoso dos médicos, que pedem à doente sociedade não apenas que lhes pague bem, mas que compre seu discurso, que se apiede dessa classe de filantropos, de abnegados.

A lógica da justificação moral faz dessas obras, ela não se contenta com subjugar objetivamente, ela pretende que a servidão seja voluntária, de corpo e alma, sincera, bovinamente mansa. O sujeito que vê um filho morrer em um hospital público tem que antes chorar algumas lágrimas para o coitado do médico que, infeliz, tem que ter três empregos para poder custear as prestações de um Range Rover de R$ 400.000,00.

A vítima tem que se apiedar do algoz, antes de pensar em si mesma. Ou seja, ela tem que imbecilizar-se a ponto de abstrair-se e mergulhar na servidão ampla, aquela que entrega tudo, o corpo, a força de trabalho, a capacidade crítica, a percepção da realidade, a percepção de si. Não basta sucumbir, tem que sucumbir dizendo que assim quis.

Essa lógica da justificação percebe-se, por exemplo, na imprensa, que não pode deixar de tratar do assunto da má prestação de serviços de saúde, pública e semi-pública. Ao invés de tratar do assunto com objetividade e considerando o interesse público e dos usuários, trilha o caminho das névoas.

O cerne de quase todas as matérias jornalísticas não está no serviço, está nos interesses dos prestadores dele, seja dos administradores públicos, seja dos médicos. Faz-se uma confusão dramática, escandalosa, meio histérica, mas o viés não é de abordar-se a coisa objetivamente.

Leio um jornal que dedicou três páginas ao assunto, muitas delas repletas de lamentos de médicos, que têm que ter muitos empregos para viverem. Se fosse jornalismo sério, diria para viverem de que maneira os médicos trabalham em mais de um serviço e de que maneira vive a população que recorre a tais serviços. Jornalismo é comparação, também.

Se fosse jornalismo sério, dir-se-ia que ter muitos empregos, em larga margem dos casos, é simplesmente ilegal, porque os horários formais são incompatíveis. Só são materialmente compatíveis porque os médicos não cumprem os horários formalmente contratados.

Se fosse jornalismo sério diria que muitos médicos professores de instituições federais de ensino aderiram ao regime da dedicação exclusiva, voluntariamente, porque este regime é facultativo e paga mais. E que o optante pela docência exclusiva não pode desenvolver qualquer outra atividade, embora isso seja solenemente ignorado e conte com a ampla complacência.

Mas, praticamente não há jornalismo sério, porque ele atende aos interesses dominantes, é claro.

 

 

O Paquistão tem 100 ogivas nucleares!

 

A forma de atuar do governo dos EUA é conhecida e previsível, tomando-se em conta a quais interesses serve e seu histórico recente. Gerar ameaças e mantê-las atualizadas, ou seja, constantes, é o objetivo imediato.

O objetivo mediato é fazer o restante do mundo pagar-lhes para combaterem a ameaça, qualquer que seja. Desde a queda da URSS, esse meio de atuar aprofundou-se e pulverizou-se. A substituição necessitou ser constante e programada.

Bem programada, deve-se dizer. Realmente, atuar fora da bipolaridade requer muito mais responsabilidade e habilidade que antes, quando a brincadeira era mais evidentemente combinada com os russos. Eles não forjaram um histórico de atuação estratégica cuidadosa e inteligente, simplesmente transpuseram os nomes nos manuais.

O jogo de enfrentar al quaedas e coisas do gênero, inclusive criando líderes de coisa nenhuma, é pouco perigoso. Mas, ele pressupõe um controle que somente se tem quando todos são oriundos de uma mesma matriz. A verdadeira pulverização de uma ameaça não está prevista.

O Paquistão não se resume a meia dúzia de generais riquíssimos e profundamente laicos. E as agressões norte-americanas no mundo inteiro não são poucas, nem geradoras de pequenos ressentimentos que se possam controlar com políticos subornados.

Portanto, convinha que passassem a jogar com mais habilidade, porque esses generais não detém 100 ogivas nucleares por direito divino e imutável…

 

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