Um espaço de convívio entre amigos, que acabou por se tornar um arquivo protegido por um só curador.

Israel sendo legítimo filho de Josué.

Os meninos palestinos apedrejavam carros, em Jerusalém. A reação que o israelense condutor do carro nas fotografias acima julgou adequada foi atropelar os meninos.

Atacar o infiel é servir a Deus. O absoluto não se atem a coisas relativas, como a proporcionalidade, por exemplo. Então, a conduta do israelense é inculpável, pouco importando que o carro tenha 1.500 kg e a pedra 100 g.

Eles são coerente consigo próprios, têm que viver o tudo ou nada, têm que fermentar o ódio de cada nova geração, têm que viver Masada novamente.

3 Comments

  1. Sidarta

    Com todo o respeito aos pobre e aos oprimidos, mas se um cara aparecer na frente do meu carro com uma pedra para jogar no meu párabrisas eu jogo o meu carro primeiro em cima dele, seja ele judeu, muçulmano, eleitor de Dilma ou de Serra, grego ou coreano…

    Uma inocente pedra jogada por um sem teto revoltado contra tudo e contra todos entrou pelo párabrisas do carro de um conhecido e matou a mulher dele que estava no banco do passageiro. Nada aconteceu ao agressor… tratado como vítima da má distribuição de renda no país e de outras injustiças sociais.

    Buda diz que se uma cobra se levantar para lhe morder bata nela com um pedaço de pau, mesmo sendo ela um ser sensiente.

  2. andrei barros correia

    Realmente, Sidarta, pensando-se abstratamente, ou seja, em tese pura, é normal que a toda ação corresponda uma reação e é mesmo desejável.

    Todavia, esse singelo caso israelense insere-se em um contexto muito maior e longo, de agressões nitidamente desproporcionais.

    Basta lembrarmos que os israelenses conseguem uma taxa de êxito à volta de 8:1. A um e dois katiuschas de fundo de quintal, respondem com bombas de fragmentação – formalmente proscritas por convenção internacional, coisa a que Israel não dá a mínima bola, é verdade.

    Usam as maravilhosas bombas de fósforo – também proscritas. Usam munições de urânio empobrecido.

    Usam a asfixia financeira e de serviços básicos, isto é, cortam água, energia e suprimento de comidas e remédios.

    Quando estão de bom humor bombardeiam uma escolinha infantil da ONU.

    Então, o episódio do atropelamento das fotos veio a calhar como um indicativo a mais da escalada já longa de violência totalmente desproporcional.

    A propósito, isso calha muito bem aos norte-americanos, também. Ou, melhor dizendo, às Lockheed-Martin e Boeing da vida, porque armamento também sujeita-se à obsolescência programada.

    Recentemente, a Boeing celebrou o maior contrato externo de sua história, relativamente a uns F-15 Silent Eagle, de ultíssima geração para a Arábia Saudita. Só não convém vender aos Al Saud a democracia, esse produto perigoso.

    Vou te dizer, nesse panorama, embora eu não seja belicista, só há uma saída, é todos terem a Bomba. Ou nenhum, é claro!

    Por isso estimo muito que o Irã desenvolva as suas, ou compre-as a quem as quiser vender, para que os filhos de Josué acalmem-se um pouco, que só se acalmam assim, basta lembrar a grande obra de Tito Flávio Vespasiano.

  3. Sidarta

    Estás a precisar ler urgentemente o livro “The Constantine Sword”, de James Carrol.

    Tenho aqui, importado dos USA, em inglês, mas foi traduzido no Brasil como “Os judeus e a igreja”.

    O autor é um jornalista e ex-padre católico americano/irlandês, filho de um general da USAF e que morou na Alemanha no início da ocupação pós-segunda guerra.

    Trata simplesmente das causas, antigas e novas, do antisemitismo no mundo, e das táticas utilizadas por grandes governantes, principalmente Napoleão, sobre como se aproveitar dos recursos financeiros e científicos dos judeus e sobre como forçá-los à assimilação.

    Os episódios das condições da concessão da cidadania francesa por Napoleão e da derrubada dos muros do gueto de Roma pelo seu irmão são de uma sacanagem refinada.

    Talvez sirva de contraponto jornalístico ao que fomos ensinados e programados sobre como os “judeus mataram o nosso senhor”.

    Emprestei o livro a amigos fascistas, beatos, progressistas, pacifistas, judeus, etc., mas não rudes nem canalhas, e as reações mais frequentes depois da leitura foram:” é, eu não tinha pensado nisso”.

    Sobre a questão da reação desproporcional, paciência, o cara que ataca primeiro geralmente o faz sem avisar e com total desproporcionalidade. Nas questões da guerra, sou mais a doutrina Mao…: pegado de surpresa, recue; se o inimigo parar, ataque-o; se o inimigo recuar, destrua-o…

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