Um espaço de convívio entre amigos, que acabou por se tornar um arquivo protegido por um só curador.

Categoria: Hipocrisias (Page 8 of 14)

O império contra ataca. Wikileaks na berlinda.

Nas últimas semanas muito se tem falado acerca do Wikileaks. O “Wiki” é um gênero de página da internet, é isso ai, não é uma  página apenas (no caso a Wikipédia, que todos conhecem, e que popularizou o Wiki). Nesse tipo de página, pessoas podem alterar o conteúdo pelo qual navegam com facilidade e sem necessidade de revisão, de forma simples, um grupo de trabalho (global?) com as credenciais certas e objetivo comum, pode produzir conteúdo ad infinitum. O melhor exemplo é realmente o mais popular, a famosa Wikipédia, onde de acordo com níveis de colaboração dos usuários se constrói aquela que acredito ser a enciclopédia mais utilizada hoje em dia.

No caso do Wikileaks, o wiki serve a distribuição de documentos, via de regra diplomáticos, dos Estados Unidos da América. E seu grupo de trabalho, consegue tais documentos e os distribui de maneira eficaz, foi notícia nas ultimas semanas, pois divulgou um grande número de documentos que (novamente) colocou os EUA em saias justas diplomáticas pelo mundo todo. Conforme o tempo passa novas descobertas são feitas, e manchetes de jornal como as do El Pais – “Somos la octava potencia mundial y nos tratáis como un país de quinta fila” se tornam comuns.

Logicamente, o que já incomodava antes, agora parece ter subido de categoria, e os EUA decidiram por acabar com a brincadeira. Começaram uma caçada ao fundador do site, Julian Asange, e uma corrida por retirar o site wikileaks do ar. Na caçada ao fundador do site, acusaram-no de qualquer estpafurdice e colocaram a Interpol em seu encalço para que consigam prendê-lo a qualquer custo. Junto no pacote, começaram a lhe tomar dinheiro, e impedir doações. No caso do site… No caso do site é mais complicado, porque não há acusação formal estapafúrdia a se fazer contra o site, logo o que foi feito, muita pressão, a princípio. Primeiro começaram a retirar os apoios de servidores americanos que hospedavam o website, depois o mesmo ao redor do mundo em outros paises.

Resultado, hackers compraram a briga, se organizaram, e multiplicaram os servidores de hospedagem, além disso derrubaram websites de instituições financeiras que tomaram crédito de Asange, e de outras que lhe negaram doações, através de ataques DDoS(Ataque de negação de serviço, do inglês Distributed Denial of Service), nesse tipo de ataque, uma máquina mestre, comanda milhares (milhões?) de máquinas infectadas, a buscarem todas, ao mesmo tempo, determinada informação em um servidor, que vai sobrecarregar e parar ou travar. A figura demonstra bem o que acontece:

Continue reading

Mentira em pura forma.

O recurso ao disfarce, à mentira e à hipocrisia deve-se a quê? A primeira inclinação é responder que se deve à busca de poder. Realmente, a profusão de teorias sobre a razão de Estado e os meios de excepção parecem confirmar a resposta.

Esses comportamentos têm no poder algumas de suas explicações, mas não todas. Assumindo-se que são instrumentos, talvez deva-se modificar o enunciado para indagar a quê visam e, não a que se devem.

Pois há diferenças nem tão sutis entre serem consequências e serem meios de obtenção e manutenção do poder. Haverá ainda maior diferença, e verdadeira confusão, se aceitarmos que podem ser causas eficientes!

Ou seja, há três possibilidades, seguindo-se esse raciocínio: o poder gera o disfarce, a mentira e a hipocrisia; o poder implica essas condutas; ou o poder é gerado por essas condutas.

Todavia, se isolarmos as proposições e as analisarmos, podemos chegar à desconcertante conclusão de que não existem as relações entre as condutas e o poder. Pelo menos, de que não são relações necessárias.

Por exemplo, com relação à proposição de que o poder gera as condutas pode-se perceber que estas, muitas vezes não são engendradas pelo poder, mas por outras causas, sendo a vergonha uma delas. E, além disso, há poderes que não ensejam o recurso ao disfarce, à mentira e à hipocrisia, mas ao fanatismo em que se acredita sinceramente.

Estas condutas também não são os únicos instrumentos para o exercício do poder e sua manutenção. Há poderes que se fundamentam na mais desconcertante sinceridade e adesão ao que se vê claramente. Basta lembrar, como exemplo, da influência que um místico pode desempenhar em admiradores, ainda que seja um místico efetivamente recluso.

Por fim, há poderes que não nascem da prática da mentira, do disfarce e da hipocrisia.

Para mim, o que fica bastante claro, a partir dessa análise rapidíssima, é que as relações entre duas coisas, sendo ambas humanas, são muito mais profundas que simples operações singulares de mão única. Dois termos de uma relação entre condutas e fatos humanos podem relacionar-se ao mesmo tempo como causas, efeitos e meios.

Essa alteridade – ou confusão mesmo – não invalida a relação, antes a confirma. O que fica invalidado é o estabelecimento de causalidades únicas e necessárias.  Pois não há este comportamento ou fato humano que se deva ou que cause – isoladamente – outro.

Alguém mais dogmático diria que a invalidação da causalidade exclusiva significa que o recurso ao disfarce, à mentira e à hipocrisia apontam que essas condutas são inclinações humanas. Sim, isto é óbvio, mas convém lembrar que são inclinações que não compõem o acervo comportamental de todos os humanos ou, pelo menos, não estão presentes em todos os momentos.

Dizer que algo é humano é o mesmo que afirmar a pedridade da pedra, ou seja, é o princípio de identidade. A questão não passa pela identificação entre o substantivo e o adjetivo a ele referido pois, no limite, são iguais.

A questão passa pela potencialidade do humano, o que não deve ser confundido com liberdade, assim entendida no sentido moral vulgar. O disfarce, a mentira e a hipocrisia são criações, ou seja, são não-seres. Nesse sentido, é útil pensar em arte, que é criação e não ser para ser.

Claro – e esta advertência nunca será demasiada – que não identifico essas condutas à arte, nem faço apologia delas. Convoco a percepção da natureza de uma coisa humana – sua forma de fazer-se – para fornecer uma comparação apta a fazer perceber a origem de outros produtos humanos.

Acontece que o não-ser da conduta humana é uma redução potencial do ser ou, se se preferir, a aceitação do ser-se menos do que se é. Para que se distinga claramente, deve-se ter em vista que o não-ser da arte é uma criação. E, para que as objeções de almanaque não fiquem felizes, o caso do ator não é de conduta, mas de produção de algo diferente dele.

A conduta falsificada é inumana sem ser divina. Ter fome e dizer que não se a tem, é humano e social. Ter fome, dizer que não a tem e acusar quem tem e o diz de mentiroso é inumano, é falso.

O êxito dessas falsificações como instrumentos de poder dá a imagem da pequeneza do poder.

Quando o império quer, não há direito algum.

O direito é a vontade do príncipe, como fez constar Justiniano nas suas compilações de leis. E fez bem, porque essa enunciação está correta e não conduz a ambiguidades. Pode melindrar as almas sensíveis que acham o poder repugnante e o direito a vontade de todos ou uma tábua de salvação.

Assim as coisas se parecem porque na enorme maioria dos casos ninguém está a incomodar verdadeiramente o poder. Então, ele consente que as coisas se encaminhem pelos trilhos da aparência de direito geral, abstrato e resultante da vontade geral. Para a maioria dos conflitos, a concepção idealizada e oblíqua do direito funciona.

Sua dimensão real mostra-se nos casos em que os interesses do império são contrariados. Aqui, ele é um instrumento de dominação e de repressão, pura e simplesmente. E uma parte do público sente-se traída nas suas convicções, apenas porque não alcançou ver de que se trata realmente.

Julian Assange e a Wikileaks confrontaram os interesses do império e de seus súditos mais próximos. Revelaram o que são, sem as vestes da legalidade, da relação entre iguais e de outras mentiras mais.

Para ele, não há mais direitos, portanto. Admiram-se que países ditos civilizados atuem contra ele? Admiram-se porque acreditam erroneamente que a diferença entre a Suécia e o Chade seja jurídica.

Assange e a Wikileaks foram roubados por um banco suíço, que confiscou seus depósitos sob o pretexto de um endereço errado. É de admirar que um banco suíço – que deve ter milhões em depósitos de tráfico ilegal de armas, de pessoas e de entorpecentes ilícitos – seja tão escrupuloso, assim seletivamente.

A justiça sueca – sim, daquele país conhecido pela profunda liberalidade de seus costumes sexuais – persegue Assange por duas relações sexuais consentidas. Sim, é isso mesmo, consentidas.

A justiça britânica – daquele país que até há pouco sentia-se à vontade para portar-se como parâmetro moral do mundo – apressa-se a dar cumprimento a uma ordem de prisão por relações sexuais consentidas. Realmente, sabe-se que a Inglaterra resolveu todos os seus problemas e pode ocupar-se de coisas assim tão importantes.

Como não servirá de grande coisa prender Julian Assange, é provável que o matem. E é também provável que isso seja feito com alguma desculpa legal. Afinal, o direito é um copo vazio, dentro de que se pode colocar qualquer coisa!

Wikileaks revela patifarias da diplomacia norte-americana.

A Wikileaks fez um enorme vazamento de documentos secretos do Departamento de Estado Norte-Americano, que revelam o modo de agir imperial: estupidez, grosseria, arrogância e impostura.

Os documentos revelam inclusive crimes, como mandar espionar a ONU e seus delegados, que contam com imunidade diplomática, ao menos formalmente.

Revelam que os funcionários diplomáticos norte-americanos, a par com certas tolices imensas, tratam seus súditos de outros países – ia dizer aliados, mas não estou para eufemismos – com enorme desprezo. E utilizam suas embaixadas como centros de espionagem, o que sempre se soube.

E persistem na mentira, na impostura, no embuste, firmes na crença de que o resto do mundo compõe-se de subordinados imbecis. Sim, porque não economizaram palavras vulgares nem com os chefes de estado de países realmente grandes, como Alemanha, França, Inglaterra, Itália e Rússia.

O máximo do ridículo é atingido depois do vazamento, quando a senhora Rodham Clinton diz que se trata de um ataque à comunidade internacional. Não, senhora Clinton, trata-se de um ataque ao vosso país e ao corpo de funcionários dirigido por si. Ataque à comunidade internacional são os métodos que vossa senhoria determina aos seus subordinados.

Fica evidente o baixo nível intelectual e de cortesia que os norte-americanos têm e eles reclamam do vazamento do que os compromete! E querem conquistar a solidariedade dos ofendidos para a causa deles.

Uma coisa é certa, se os líderes europeus, tratados de forma vil, prestarem-se a dar solidariedade à impostura da indignação norte-america merecem realmente uma posição subalterna e os tratamentos que lhes são dispensados.

Violência no Rio de Janeiro.

Antes de dizer qualquer coisa sobre os conflitos violentos entre polícia e fuzileiros navais e traficantes de drogas ilícitas, no Rio de Janeiro, convém apontar que este tipo de embate não é novidade, convém lembrar que já houve outro muito pior, em São Paulo, e convém ter reservas com a espetacularização mediática.

Não se trata de negar a gravidade das coisas, nem os fatos em si. Mas, de lembrar que, em maio de 2006, a banda criminosa PCC promoveu ataques em São Paulo de maior intensidade, que resultaram em 490 assassinatos, promovidos como resposta policial. Um morticínio indiscriminado que vitimou quem estivesse pela frente. Como foi praticado em zonas pobres, quem estava pela frente eram os pobres, que não são todos associados a quadrilhas de criminosos. Pena de morte ilegal e censitária, portanto.

A imprensa divulgou – embora com menos ênfase que hoje – os resultados dos ataques. Não se interessou muito, todavia, com os resultados brutais da repressão aleatória, que vitimou uma imensa maioria que nada tinha com a estória. Agora, neste caso do Rio de Janeiro, insiste-se bastante na ação repressiva, que acarretou até o presente em torno a 30 mortes.

Esta ação coordenada da polícia do Rio de Janeiro e da infantaria da Marinha – os fuzileiros navais – foi muito mais precisa e direcionada aos criminosos somente. Pode ser muito escandaloso o desfile de carros blindados armados de metralhadoras .50, mas é inegável que não consistiu em um morticínio aleatório de quantos estivessem na linha de tiro de policiais fora de controle.

Os resultados previsíveis são uma migração dos traficantes de entorpecentes ilícitos para regiões mais periféricas do Rio de Janeiro, pois eles não vão se desmaterializar, nem serão todos eliminados. Serão tangidos para espaços mais afastados da cidade e, sob essa perspectiva fica claro que o problema fica adiado e afastado geograficamente do centro mais evidente, apenas.

Todavia, violência por violência, já houve maior e com resultados piores, imputáveis aos agentes do estado, como no caso de São Paulo.

Onde houver um mercado consumidor de psicotrópicos ilícitos haverá oferta deles. Se essa oferta é maior ou menor, isso terá reflexos somente nos preços, que são a forma clássica de ajuste entre demanda e oferta.

A ilegalidade do comércio e do consumo d´algumas substâncias psicotrópicas não resulta na diminuição de sua demanda. Isso, dizem todos os números e pesquisas feitos a respeito. A ilegalidade é, sim, um aumento do custo da atividade, que é repassado ao consumidor final. Com efeito, subornos, armas e balas compõem o custo dos entorpecentes ilícitos e são repassados aos destinatários finais.

Está claro que a repressão a ataques criminosos, praticados contra pessoas e bens, privados e públicos, é dever do estado e deve ser levada a cabo. Dar salvas de tiro morro abaixo, incendiar carros, caminhões e ônibus, bloquear vias públicas, assaltar estabelecimentos comerciais, tudo isso são crimes a serem reprimidos. E a repressão deve ser intensa e bem coordenada, servindo-se de meios proporcionais.

Todavia, esse tipo de problema não deixará de ocorrer se o centro da questão não for abordado. Se a venda de algo que se quer comprar for ilegal ela persistirá e atrairá a violência. Se ela for legal, ocorrerá da mesma forma, mas sem a violência, liberando o estado para ocupar-se do real problema, que é de saúde pública.

Realmente, apenas uma mente profundamente deformada acreditaria que a legalização dos entorpecentes ilícitos teria o efeito de aumento no consumo. Eles são consumidos livremente e, no fundo, isso é uma questão de liberdade. Sucede o mesmo com o jogo de azar que, quando e onde é proibido, continua a ser praticado e oferecido, apenas que clandestinamente e mais caro.

É uma estupidez profunda – exceto para quem vive de vender armas e terror – fazer de um conflito comercial uma guerra aos tiros. Grupos que disputam mercado de entorpecentes ilícitos devem ser levados a disputarem espaço como o disputam redes de supermercado, não como gangues que resolvem seus problemas à bala.

Do ponto de vista do problema imediato – traficantes lançando ondas de ataques e roubos indiscriminados – a reação policial e militar é a postura correta e a forma como fez-se agora no Rio tem sido superior a outras ocasiões. Mas, a médio e longo prazo, a coisa tende a repetir-se, apenas em circunstâncias geográficas distintas.

Não basta que o estado aumente sua presença nas zonas mais pobres, onde atuam as gangues criminosas, será preciso deixar para o código penal o que é crime, ou seja, não criar mais problemas. Por que essa estória de guerra e mata-mata é burrice. Enquanto houver um bom negócio haverá quem o queira fazer, assumindo os riscos. Então, o mata-mata teria que ser constante.

Ratzinger faz política na Espanha.

O Bispo alemão de Roma está na Espanha. Hoje, em Santiago de Compostela, amanhã estará em Barcelona, para consagrar a Sagrada Família, a obra bela e nunca terminada de Gaudí.

Ele reclamou de um secularismo agressivo que haveria em Espanha, um comentário, a princípio, sem qualquer sentido. Se com isso quis dizer que o número de fiéis católicos praticantes recua muito, a declaração começa a ser perceptível, pois é uma constatação.

Todavia, resta algo de estranho na declaração, pois a melhor forma de seduzir não é reclamar da falta de seduzidos e, sim, buscá-los. Fica a parecer excesso de arrogância, como se estranhasse que os espanhóis estivessem a afastar-se, movidos por burrice, supõe-se, daquilo que seria uma adesão óbvia.

Pode ser abordada por outro viés, também. O Bispo de Roma pode estar a reclamar do Estado e do Governo espanhóis, que ele acha obrigados a promoverem uma certa religiosidade. Sucede que o Estado espanhol é laico e assim a declaração é puramente política. Sendo política e vinda de um estrangeiro e ademais ele mesmo Chefe de Estado, parece uma intromissão indevida nos assuntos espanhóis. Uma intromissão contrária à própria ordem constitucional, inclusive.

Talvez fosse melhor o cardeal Ratzinger limitar-se a uma das esferas, a religiosa ou a política. Poderia tentar a sedução da religião que representa, pois há elementos realmente sedutores nela. Poderia transcender-se, ou seja, ao político culto que é, e voltar-se para a promessa da imortalidade, que é muito superior à da justificação e teve em Espanha seguidores profundos.

Poderia falar em Teresa D´Ávila ou em João da Cruz, poderia falar na extrema poeticidade desses místicos ávidos de imortalidade. Poderia falar da ressurreição dos vivos, da transformação, da graça, da escolha, do reino de Deus.

Poderia, por outro lado, ser apenas político e chamar seus seguidores a pressionarem o Governo a dar-lhes apoio explícito e formal e a por na ilegalidade as diferenças. Criaria mal-estar por conta da flagrante e indevida intromissão, porém contaria com o provável silêncio complacente do Governo, desde que não se excedesse muito.

Não devia era lastimar-se de uma secularização agressiva, coisa intangível se dita assim de maneira ambígua. Quer parecer que a religiosidade católica é alvo de alguma perseguição? Buscam tomar-lhes os bens? Afinal, de quê reclama Ratzinger, da perda de fiéis ou da perda de privilégios estatais?

A imprensa brasileira precisa jogar limpo.

Alguns estados brasileiros criam ou estudam a criação de conselhos de acompanhamento dos média. Trata-se de saber se andam dentro da legalidade, pois afinal há leis para este setor.

Obviamente, a imprensa repete o velho e falso discurso de que se pretende atentar contra a liberdade de expressão. Na verdade, a imprensa quer manter a situação de vale-tudo atual.

Hoje, há tanta liberdade de expressão e de imprensa no Brasil como em pouquíssimos países do mundo. A imprensa serve-se disso para vender conteúdos de baixíssimo nível intelectual, para despolitizar as pessoas, para fazer campanha aberta por seus escolhidos e para atacar impiedosamente os inimigos.

A imprensa em geral tem mau caráter, é vil e dissimulada. Devia afirmar às claras o que quer: a completa falta de limites e a total desregulação do setor.

Seria menos infamante que seguir esse rumo de hipocrisia e desfaçatez, dizendo-se isenta e amante das regras, o que não é.

Devia parar de representar, pois as funções teatrais chegam a um fim. A peça acaba-se, os atores despem-se de suas personagens e deixam de atuar.

Não há qualquer ameaça à liberdade de imprensa, nem se está a urdir qualquer uma. Pretende-se fazer valer as normas que estão aí há muitos anos e são desprezadas absolutamente.

A grande imprensa não quer a eficácia dessas normas contra que não se manifesta simplesmente porque elas não são aplicadas.

Por que não deixam de mentir e não dizem claramente que gostariam do fim das regras?

Ciro Gomes e a inteligência sem meias palavras.

Serra tem controle sobre o PV, disse Ciro Gomes, o sujeito que precisa ser considerado pela imprensa como destemperado, para que ela, grande imprensa, não seja a mentirosa.

Ciro disse que Dilma precisa compreender esses 20% de votos que teve Marina Silva e falar para eles. E diz – suprema heresia neste país hipócrita – que fala como cabo eleitoral de Dilma no Ceará, assim mesmo, claramente.

Diz que o discurso ético de Serra é uma farsa e que Na mesa de bar onde eu estiver, Serra jamais será guardião da ética.

« Older posts Newer posts »