Primeiro, um agradecimento a Joana, que nos ofereceu, a Olívia e a mim, A estrela, conto de Vergílio Ferreira. O livro, com ilustrações bonitas de Júlio Resende, chegou ontem, vindo da Maia, em Portugal.
Com Vergílio Ferreira tive contato por outra oferta. Foi o Miguel que me ofereceu Para sempre, um esplêndido romance do autor, que eu desconhecia. Tornei-me admirador da prosa dele, a partir de então.
O conto A estrela é um elogio da liberdade e de suas consequências. Pareceu-me estar a ver O estrangeiro, O primeiro homem e a Peste, todos condensados em um único e curto volume de prosa alegórica e rica em metáforas não somente estilísticas.
A lembrança de Camus, ao ler o texto, veio-me direta. A liberdade existe, é absoluta embora contingente – paradoxo aparente – e tem suas consequências. Mas, se pode, deve ser tentada. Camus diria, muito mais longamente, que o homem é um rebelde inútil, mas tem que sê-lo. E deve ser rebelde, saber que é e saber que é inútil.
Para provocar os intelectuais engajados e negadores da liberdade, lembro que o menino Pedro, que empalma a estrela, não o faz por qualquer outra razão que sua vontade de fazê-lo. A estrela queria ser empalmada e também queria voltar ao céu! Pedro queria apanhar a estrela e, depois, quis devolvê-la ao céu!
Pedro fez o que tinha que fazer, livre e condicionado, e arriscou-se ao que tinha que acontecer.
faz outro fim para a historia!
sao uns totos. nao prestao.
Imagino que pretendeste dizer “não prestam”.