Esta bela casa é conhecida como o Palácio do Bispo e situa-se na Av. Barão do Rio Branco, na zona central da cidade. Atualmente, abriga o gabinete do Prefeito Municipal.
Devo dizer que busquei, com alguma insistência, informações sobre a história do palacete, na internet. Não encontrei, nem no site da Prefeitura, nem no site da Cúria Diocesana, nem em qualquer outro. Claro que posso ter procurado mal. Enviei uma mensagem de e-mail para a Diocese, pedindo alguma informação sobre a história do palacete, caso dela disponham.
O edifício foi realmente sede episcopal do bispado de Campina Grande, instalado em 1949. É possível ver, na grade da porta central, um brasão com motivos eclesiásticos, nomeadamente uma cruz e uma mitra. Não sei se foi edificado para ser a sede episcopal, o que, em caso positivo, dataria o prédio dos finais da década de 1940.
De qualquer forma – ou seja, quer tenha sido feito para ser a sede episcopal, quer tenha sido feito antes – nada indica que seja mesmo anterior a 1940. O prédio tem um estilo eclético com alguns elementos classicizantes tardios, como as colunas e o balcão adiantado do segundo pavimento.
Nas décadas anteriores, de 1900 a 1930, passou-se pelo classicizante, pelo eclelético e pelo art déco, mas quase sempre em edificações de um pavimento e de maior pureza estilística. O estilo do palacete realmente não tem outros representantes na cidade, embora não seja formalmente complexo, o que se percebe, por exemplo, nas janelas e na quase ausência de elementos decorativos externos.
Não é uma casa pequena e tem recuos frontal e laterais, ou seja, encontra-se em um terreno grande. Significa que foi obra cara. Por exemplo, pode-se constatar que a sede diocesana de Recife, o Palácio dos Manguinhos – embora anterior e mais complexo arquiteturalmente – é um edifício do mesmo porte, ou até menor que o Palácio do Bispo em Campina Grande.
Bem, quando obtiver mais informações, volto ao Palácio do Bispo com menos conjecturas, ou talvez com suposições mais fundamentadas. O fato é que o prédio é bonito, bem proporcionado e encontra-se salvo da sanha demolitória!