Criatividade e afinação…
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Criatividade…
Delicadeza…
Poesia e melodia delicadas.
Sugestão do nosso amigo Daniel. Realmente, el tiempo pasa e nos ponemos viejos…
É um convite ao otimismo, meio ingênuo, mas é.
Alceu fez umas duzentas músicas para a mãe dele. Bem, ele é músico… Eu não sou, mas sirvo-me da Edipiana nº 1.
Outro dia conversava com um amigo sobre a qualidade músical brasileira, a dos dias atuais e a de antes… Conclusão comum, foi que quanto mais elaborada a música menos simpatizantes tinha. Assim, a música clássica, brasileira ou não, estava sempre fadada a pequenos nichos de “entendidos”, onde por mais que se queira entrar, é muito díficil, por desconhecimento técnico mesmo.
Saltando um bocado do clássico, tem outros estilos, cada vez mais com divisões e subdivisões rotulares que mais me confundem do que auxiliam, música popular, worldmusic, samba, jazz, blues, rock and roll, heavy metal, bossa nova, manbo, a lista é imensa, e veja desse começinho, se captula uma coisa, escuto música daqui, da américa latina, e música em inglês, que toca e é vendida no mundo todo.
Nesse ponto disse a ele que estávamos mal acostumados, com uma música que já não se valorizava mais por aqui, Chico Buarque, Vinícius de Moraes, Antonio Carlos Jobim, Toquinho, Paulinho da Viola, essa lista também é imensa… E vou parando pra não cometer mais injustiças do que já cometi. Mas certo é que estavamos acostumados a uma qualidade musical extraordinária. Coisa difícil de se conseguir não só aqui, mas em qualquer lugar do mundo. Manter isso é praticamente impossível. E eis que hoje, não é que tenhamos música ruim, ou só música ruim, temos sim, é a realidade de não ter mais um Tom Jobim a nos encantar.
Me lembro de uma ocasião, provavelmente num filme sobre a bossa nova chamado “Coisa Mais Linda“, vi um caso em que Jobim conversava com alguém e, este lhe perguntava:
“- Rapaz, você tem músicas entre as mais tocadas do mundo! Concorrendo com os Beatles, explica como é isso, como se sente!!”
E ele respondia com calma, e mesmo sem dar muita impotância:
“- É, mas eles são 4…”
Flávio José apareceu devagarinho e tomou, bem tomado, um lugar que estava sem dono fazia tempo. Afinal, o poder não aceita vácuo…
http://www.youtube.com/watch?v=MatHc5hgNic
“Pra todo mundo”:
Pra todo mundo
A minha cara é de alegria
Porque ninguém tem nada a ver
Com a minha dor
O meu lamento
Ninguém não pode dar jeito
Se todo mundo tem
A marca de um amor (bis)
Ai! tem um amor
Que dá prazer e alegria
Tem outro amor
Que faz a gente delirar
Há quem diga
Que tem amor diferente
Que amarra a gente
Pelo jeito de olhar, oi!
Quanto mais quente
Mais fogoso é duvidoso
E o mais gostoso
Bota a gente pra chorar
Essa era muito cantada por Marinês, infelizmente não consegui encontrar com ela no Youtube, só com Genival Lacerda, que sempre fez um genero mais escrachado, mas ta ai representando, a terra, a música e até mesmo, quem sabe, Marinês.
http://www.youtube.com/watch?v=77hRI2ghhHw
“Quem dera”:
Quem dera ter você de novo
De novo, chegando
Quem dera ter você agora
De novo, me amando
Gostoso era o tempo de lua na beira do mar
um cafuné na rede, um chamego daqui, um chamego de lá
E o amor espalhando a doidice quando não se foi
Mas quem é que não sente saudade do tempo que foi tão feliz
Por último a música que deveria ir era “Quando o mês de Junho chegar”, dela não encontrei nenhum intérprete, então fica só na letra…
“Quando o mês de Junho chegar”:
Quando o mês de junho chegar,
eu vou, eu vou me esfarrear.
Eu vou brincar de roda,
eu vou forrorear,
pra festejar São João,
só, só no arraiá,
tem milho no asseiro bom de quebrar,
e tem moça donzela doidinha pra se arrumar.
E tem jenipapo, tem canjica-ca,
já tem um sanfoneiro pra tocar pra nós dançar.
Para substituir ela, encontrei outra de Flávio José, essa mais séria, e uma de minhas preferidas…
http://www.youtube.com/watch?v=53vscfKLQ4w
“Cidadão comum”:
Sou um sujeito
Pacato nordestino
Acredito até mesmo no destino
Posso até ser chamado sonhador
Acredito em tudo que eu quero
Apostei tudo em mim e considero
Que o opositor é um perdedor
E assim vou seguindo a minha sina
Sou um forte de alma nordestina
Obrigado a sair lá do sertão
Acredito em tudo que eu faço
Se deixei minha terra
É porque acho que não sou
Só um simples cidadão
E você me vem
Com esse preconceito
Pode despistar
Que eu não aceito
Pois eu nasci lá
E não sou mais um
Sem ter importância
Cidadão Comum
Se não fosse
Essa seca que atormenta
Expulsando de lá
Toda essa gente
Nos tornando um povo sofredor
Como é que vivia o paulistano
Sem contar com a força do baiano
Que sem dúvida
É um bom trabalhador
Se o nordestino tivesse cuidado
E escolhesse um governante arretado
Que investisse um pouquinho no sertão
Queria ver se o Rio e São Paulo
Sem contar com os maus remunerados
Se não iriam cair na depressão
Severiano Miranda