A equipe brasileira faz 3 x0 no Chile e avança para topar-se com a Holanda. Os jogadores talentosos fizeram a diferença, porque a equipe brasileira é competente, mas no mesmo nível de outras também eficientes. Talento, para explicar a fartura no uso da palavra, é o que explica o chute a gol de Robinho.
O Chile foi o que vinha sendo, rápido, insinuante e ingênuo. Não se pode dizer que foi adversário fraco, mas foi superestimado.
Vou achar muito interessante se o Brasil ganhar o mundial e a imprensa brasileira, notadamente a Globo, for pedir entrevista ao treinador Dunga, impiedosamente atacado apenas por não ser subserviente aos caprichos arrogantes da Globo.
Ele teria, então, uma bela ocasião de evidenciar o que é ser treinador, por um lado, e o que é viver a farsa do patriotismo ufanista de ocasião, por outro.
Ele, o Dunga, formou uma equipe, no mínimo, no mesmo nível das outras que se consideram fortes candidatas ao título. Poderia ter levado jogadores mais habilidosos? Poderia, claro. Poderia jogar um futebol bonito? Poderia, evidentemente.
Mas, não foi por falta de talento ou por feiúra futebolística que foi demonizado, porque a Globo não está dando a menor importância a isso. Foi por ter separado trabalho de treinador e festa mediática.
No fundo, o melhor que faria Dunga, caso vencesse o mundial, era dar nenhuma entrevista e ir confraternizar-se com os seus. Afinal, o que se fez se viu.