Precisamos de uma imensa falência mundial, de hordas de novos pobres, com fome. De banqueiros escondidos atrás de muros de dez metros, guardados por soldados.

Precisamos deixar de meias medidas e de idéias imbecis como essas de acalmar mercados. Deixar a crença na possibilidade de eternamente remendar a merda e deixa-la sempre a mesma merda.

Deixar de acreditar na possibilidade de fazer esse sistema ser razoavelzinho, com uma e outra esmolinha e as bestas dos políticos falando ao vento o que seus patrões banqueiros mandaram-nos falarem.

Precisamos de uma catarse, de afundar até o fim do poço, até perder-se qualquer traço de cordialidade, até matar para comer. Até deixar de acreditar em acordos, em coisas razoáveis.

Era bom que o congresso norte-americano fosse até ao final na sua chantagenzinha estúpida e não aprovasse o aumento do endividamento deles. Ou seja, que provocasse a quebra imediata, que se espalharia por todo o mundo, acabaria com referências, medidas de valor, com tudo.

Seria o rompimento de um abscesso, a jorrar pus e aliviar a infecção…