Fernando Henrique por esses dias deu uma boa entrevista ao programa Canal Livre da rede Bandeirantes de televisão, parte dela que está ai acima. Logo no começo desse trecho da entrevista, FHC claramente se intitula “intelectual”, ora, nada contra nem a favor, apenas observo que, para tanto, de acordo com nosso desenvolvimento filosófico-cultural autointitular-se intelectual significa ter estudado teorias européias sobre o seu tema, quer seja a sociologia.
É lógico que europa e america latina são dois lugares diversos em vários aspectos, e que algumas dessas teorias estudadas pelos “intelectuais” (não apenas Fernando Henrique), logicamente também deveriam diferir, ou não?!
Bom, não quero defender o PT, nem tampouco o PSDB, FHC diz coisas muito interessantes nessa entrevista, como por exemplo, a “esquerda” não se propõe mais hoje a tomada dos meios privativos para estatizar, e assim dar-se início a um regime socialista. O que se propõe é justiça social, redistribuição de renda, democracia, enfim… E isso é, ou deveria ser proposto proposto pela social democracia, mas o que acontece estranhamente, é que aqui não é… Ou é?!
Esses tais “intelectuais” vão a europa, desde qualquer ponto da América latina, estudar, aprendem teorias que dão certo da forma deles, europeus, e querem descer a aplicação dessas teorias goela abaixo aqui como se fossem a coisa mais normal do mundo, não é, e deveria ser óbvio. As teorias aqui deveriam ser refeitas, mesmo que usando moldes europeus ou de onde quer que sejam, mas de forma a se adaptarem. Por exemplo: não dá pra os estados unidos dizerem que tem que privatizar, efetivamente privatizarem, e nós corrermos atrás pra fazer igual, por um motivo simples, não somos os estados unidos.
Pois o modelo não diferiu tanto nesses oito anos, temos um governo social democrata com base sindical, “como na europa”, e com base sindical nos europeisamos. Talvez se o PT mudasse para Partido da Social Democracia dos Trabalhadores ficasse algo mais correto, e o PSDB, bem, o PSDB deveria correr atrás de alguma base sindical pra ter esse nome, ou então mudar pra Partido dos Intelectuais.