Hoje, um real brasileiro compra um pouco mais que dois pesos argentinos. Hoje, ainda, como sempre, vive-se melhor na Argentina que no Brasil. Não é uma conclusão, realmente, nem uma imputação causal, mas há menos brasileiros na Argentina que no Brasil…
Suponhamos que os brasileiros conseguissem convencer os argentinos, os uruguaios e os paraguaios a adotarem o real – com outro nome é claro – como moeda comum. No início, os brasileiros iriam comprar mais caro o que compravam mais barato. Depois, sabe-se lá quantos anos depois, teriam comprado a Argentina, o Uruguai e o Paraguai.
Se isso desse errado, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai poderiam mandar o Brasil às favas e retornar às suas moedas. Por que?
Porque o primeiro e o último têm riquezas tangíveis (soja, carne, gás, petróleo) que a Ásia comprará sempre. O Uruguai tem riquezas, mas mais que isso tem pouquíssimos uruguaios.
A Grécia e Portugal e a Espanha (e esta última é uma farsa econômica) podem deixar o euro. Mas, não têm mais que oliveiras e vinhos e cortiças. Se deixarem o euro ou o mantiverem, empobrecem de toda forma.
Os alemães precisam, não dos franceses ou dos demais europeus, mas dos russos. Eles precisam de energia e os russos sabem disso. E sabem que os alemães nunca deixaram de ser o que são.
Se fizerem com os alemães o acordo que estes últimos querem, acaba-se euro e por uma via totalmente escamoteada, de que não se fala. Acaba-se, não pelas dívidas dos endividados, mas pela grande via e por iniciativa do grande vencedor.
Acontece que os russos podem querer vender a energia em rublos, ou seja, podem querer manter sua soberania financeira.
Isso, ao contrário do que pode parecer, não é o exercício de futurologia que prevê a terceira grande guerra, pois ela não acontecerá por isso, e, sim, por conta de Israel.
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