Uma bela oportunidade para quem estiver em Recife hoje (13/08/2015) a noite (19:00). Descobrir um pouco do que acontece quando “cai o pano” nas delegacias do País.
Um espaço de convívio entre amigos, que acabou por se tornar um arquivo protegido por um só curador.
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Por três vezes deixei de ser policial (agente da polícia federal, delegado da polícia civil do Ceará e Delegado da Polícia Federal). A confusão mental causada em mim era por incompatibilidade vocacional mesmo. Não necessariamente por crítica à atividade policial. Hodiernamente, acredito sinceramente na dignidade da grande maioria dos policiais. O problema, para mim, continua sendo a natureza humana. Quando se imagina ter uma pequena parcela de poder e deixa-se dominar por ela. Aí a estupidez toma conta. Mas não é exclusiva da atividade policial. É em todas as áreas…
Alcides tem no livro uma série de entrevistas, com policiais e delegados… Vou ser bem sincero… Dê graças por não haver entrado… Eu acreditava na mesma coisa, até ler alguns depoimentos. E nem todos, e alguns não consegui ler todo. A pesquisa não foi feita na época da ditadura, foi feita há 3 ou 4 anos… É uma tristeza.
ok, Severiano. Vou tentar ler o livro. Quis apenas ressaltar que a barbárie da estupidez está impregnada na natureza humana. Na área policial, infelizmente, essa estupidez desponta nos desmandos físicos com o ser humano pela própria natureza da função. É grotesco, realmente. Mas em outras áreas essa estupidez mostra sua face macabra também, a seu modo e levando em consideração a especificidade da função/Poder.
A atividade policial é ingrata. A começar pela perene sensação de que todos ali na delegacia estão “enxugando gelo”, pois o aumento da criminalidade nada tem a ver com prender mais ou menos pessoas. Criminalidade não se combate com polícia, mas sim com POLÍTICA (social, de inclusão, voltada para o bem-estar geral da população).
A repressão policial nunca resolveu nenhum problema, nem aqui, nem nos EUA e em nenhum outro lugar do mundo.