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O primeiro vídeo é um pequenino trecho do início deste magnífico filme e permite ouvir a música tema, que será repetida várias vezes. Essa melodia nunca me saiu da cabeça, simples e delicada.
Desconheço outra oportunidade em que a modernidade, como objetivo em si, tenha sido mais atroz e poeticamente ridicularizada que nesta obra de Tati, vencedora de Cannes, em 1959.
Não é sem razão lembrar que Jacques Tati era desprezado pelos diretores autoproclamados sérios e intelectualmente engajados, que pululavam na França pagadora de tributo a uma certa chatice sartreana.
Sugiro que se veja o filme e que se repare numa das cenas finais, que está no segundo vídeo. Hulot – a personagem principal – vai no carro do cunhado a algum sítio. Dentro do automóvel estão Hulot, o sobrinho e o pai deste. O cunhado é o capitão de indústria daquela França em reconstrução, ávida em marchar para o progresso. O carro do cunhado, de último tipo, é o símbolo máximo da modernidade.
Pelas tantas, Hulot quer acender seu cachimbo e não consegue fazê-lo com fósforos. O cunhado aponta a solução tecnológica, o acendedor elétrico do carro. Hulot, nem impressionado, nem resistente, pega do acendedor, tira os primeiros fumos do cachimbo, balança o acendedor como um fósforo e o deita fora pela janela, como a um fósforo…
Adorei a música e a cena!
Quando pequena ouvia muito essa música cantada por uma cantora brasileira.Você saberia o nome dela ?Não consigo encontrar, pensei que fosse a Wilma Bentivegna, mas não encontrei na filmografia dela.
Abraços.
Eu acho, pelo que andei pesquisando, que a canção chama-se Mon Oncle, como o filme, e é de Franck Barcelloni. E daquelas que nunca se esquecem.