História realmente deliciosa, contada no site de Luis Nassif, que afirma tê-la ouvido um dia desses. Dá idéia da tartufice e da artificialidade de Fernando Henrique Cardoso. Fantástica, mesmo.
Um homem absolutamente incapaz de perguntar o que era aquilo que lhe serviam, porque evidentemente o sabia, embora não o soubesse. E absolutamente convicto de que o levam a sério. Notável! Fernando Henrique não pode desconhecer algo, não pode deixar de estar seguro em qualquer situação. Afinal, Fernando Henrique não sabia o que era Biotônico Fontoura, não deve saber o que é um Porto Cansado e nem o que é o ridículo.
“História deliciosa que ouvi dia desses.
Na campanha de 1989, FHC correu toda a região da Bragantina, em campanha. Teve um encontro com correligionários na chácara de meu então sogro, seu Aguirre, em Bragança. Na caminhada, foi a Monte Verde que, embora em Minas, tinha uma chácara com amigos paulistanos. Chegou lá e só estava a filha do dono. Com a despensa vazia a moça procurou algo para servir. Viu um frasco com um licor, bem vedado com durex. Abriu e serviu.
FHC sorveu o precioso líquido e identificou logo o sabor: “Parece um Porto cansado”, referindo-se ao vinho do porto, devido à nata depositada no fundo.
FHC elogiou tanto que a moça temeu ter servido algum licor precioso que a mãe tinha guardado para ocasiões solenes. Voltando para casa, a moça foi se desculpando com a mãe, por ter violado a preciosidade.
E a mãe: “Mas, minha filha, aquilo era Biotônico Fontoura que eu coloquei no frasco para enfeitar a cristaleira”.
divina!!!
Não é das coisas mais deliciosas que já se ouviram?
Eu ri uns cinco minutos, depois ainda fiquei com aquele rasgo de sorriso, que persiste.
Vê bem, Sidarta, Fernando Henrique não podia dizer: ó minha filha, o que é isso eim?
Cheguei ontem de uma viagem estressante ao norte de Minas e sul da Bahia onde fui ver um projeto de irrigação.
Idoso como já estou, e também frugal nas comidas, tive que me submeter às comidas de butecos de beira de estrada na Bahia e a “maldição de Montezuma” me pegou (consegui escapar dela quando trabalhei no México, mas devo ter sido “jurado” pelo espírito azteca).
Dormi ontem depois que cheguei até hoje, na cama e não mais no WC, e, essa manhã, ao ver o seu blog deparei-me com essa “realmente divina ” de FHC.
Ri também por um bom tempo.
VALEU! … com essa já estou bom da maldição.
Folgo em saber que estás bem. Sorte não terem oferecido du porto fatigué…
Sorte mesmo, de não ter sido oferecido o du porto fatiguè…
Imagine se tivesse tomado tal saboroso licor, e aberto o apetite para comer mais iguarias em beira de estrada? A estada no WC talvez tivesse durado mais!
Sensacional história…
Pois é, Genésio. Com porto cansado, o apetite seria despertado e a tragédia podia se anunciar.
Depois de tanto tempo sem participar dos comentários encontro tal artigo. Maravilhoso , uma delicia .Abraços