Esse texto poderia começar dizendo: A Apple acabou… Seria uma injustiça, porque de fato, a empresa não acabou, e além de não ter acabado, é uma das empresas/marcas mais conhecidas no mundo atualmente, claro que tem um nicho específico, não é como a Coca-Cola que até os ratos conhecem.
Seria mais justo constatar a morte de Steve Jobs, e a falta que ele faz na empresa. Jobs não era um gênio da informática, estava muito mais pra gênio do marketing, tanto que o embrião do que hoje são os mega eventos de lançamentos da Apple, já aconteciam 30 anos atrás quando ele fazia o lançamento dos primeiros Macintoshs em salões com outros cinquenta candidatos a “computadores do futuro”.
Jobs tinha algum senso diferente das outras pessoas no que tange ao funcionamento das coisas, nunca inventou nada, já haviam computadores, quando ele lançou o Macintosh, já existiam telefones celulares quando ele lançou o iPhone, e já existiam tablets quando lançou o iPad. Noves fora, originalidade: ZERO.
E ai entra Jobs… Os executivos da BlackBerry, na época a empresa de telefones celulares “para executivos”, riram de Jobs quando souberam que ele testava um telefone celular com tela sensível ao toque. A Microsoft, já havia tentado anos antes do iPad, viabilizar um tablet comercial, sem sucesso. Esses entre outros exemplos ilustram que o negócio da Apple nunca foi inventar nada, antes sim, aprimorar o que já existia. Hoje, a grande maioria das pessoas usam telefones celulares com tela sensível ao toque, ou tablets, pra ficar nesses dois exemplos, graças a Steve Jobs.
Essa introdução era necessária ao texto, por um motivo simples, e mais simples impossível, posto que é ideia do próprio Jobs, a simplicidade, para o usuário final. Desenvolvendo a idéia: o usuário final é demente. Isso é fato. Então quanto mais fácil for de usar o novo aparelho, claro, melhor. E isso é obvio.
Chegamos então no “produto” Apple, e esse não é o telefone, não é o tablet, não é computador. Insisto, o produto vendido pela Apple é a experiência do usuário, e nesse sentido, eles vendem não só um sistema operacional, senão, que além deste, um sistema operacional móvel, entre outra gama de softwares que funcionam em ambos sistemas operacionais, e ainda assim, com a definição de sistema operacional, eu não definiria perfeitamente a tal “experiência de usuário”.
Sem embargo, esse é o produto Apple, a experiência de usuário, que claro, para quem nunca experimentou, não existe, e para quem sim, se a entende, acaba por se tornar uma facilidade. No último evento foram lançados novos modelos de aparelhos, já antigos, até para padrões da própria Apple. A grande novidade ficou por conta dos próprios aplicativos, e sistemas operacionais.
O OSX, um tipo de “windows” para usuários de Macintosh, foi lançado grátis. Além dele, o pacote office da Apple também ganhou nova versão grátis, diga-se de passagem, o pacote “Apple” office, para telefones móveis e para computadores.
Pra mim, esse foi o grande passo dessa bateria de lançamentos, a google já tem a sua suite office online há tempos, agora a Apple, lança, não só a gratuidade de seus sistemas operacionais, como também a de seu pacote office, e também do iLife que é mais um pacote de entretenimento, com edição de fotos, vídeos e música. E essa notícia pra mim é importante porque não obstante os aparelhos sejam os mesmos com atualizações de processadores entre outros hardwares, a atualização dos softwares, e sua gratuidade, farão empresas que trabalham apenas com software, sim falo de Microsoft e adobe por exemplo, decidirem novos rumos para suas linhas de produtos e respectivos preços.
É a Apple, ainda que não inovando, ou melhor dizendo, não aprimorando nenhum produto já existente no mercado, pressionando em outras frentes, e fazendo novamente o mar se mover na direção que eles querem de novo? São boas novas pra quem pensava que a empresa acabava em Jobs, esperemos pra ver agora, que novidades haverão no próximo ano, porque nem só de minha percepção torta vive a empresa, há o “hype“, que Jobs fazia tão bem…
Muito bom, Severiano.
Não é uma comparação, mas a menção é válida. Tu disseste que Jobs não inventou coisa alguma original, servindo-se inteligentemente do que já havia.
Isso foi precisamente o que ocorreu no século de ouro de Atenas, em que o conhecimento humano, numa atividade virtuosa, consolidou de forma genial quase tudo de que se dispunha então.
Isso de usar o que há e está disperso é uma criação em si mesma.
Eu tinha um notebook com windows 7 original e com um pacote office 2003 de uma universidade inglesa, tudo muito bem afinado.
Comprei recentemente um ultrabook, por modismo, com windows 8 e office 2013, atualizei o windows para o 8.1 e estou aqui a constatar “que era feliz e não sabia”.
Andrei, o grande negócio da Apple, é bem simples, eles melhoram o já há, e vendem bem mais caro. Tanto que muitos executivos da empresa absorvem a idéia, e saem da empresa, pra formar novas empresas nos mesmos moldes, sei de pelo menos um, que saiu para fazer novos alarmes e equipamentos contra incendio… Com melhor design, funcionalidades e modos de acesso antes inexistentes. Até por aplicações de telefone e tal…
Sidarta, eu pouco usei o windows vista e, que saiu antes do 7, e o próprio 7. Do pouco que usei, sei que o 7 era bem melhor do que o vista, ainda assim, gostava mais do XP do que dos dois. E depois que usei o OSX a primeira vez… Nossa… É melhor, mais fácil e a lista é grande, poderia passar linhas aqui falando, e não bastaria. Claro que em estando acostumado com Windows, talvez tarde um pouco a adaptação, e as vezes também, creio que alguém não consiga adaptar-se, mas o sistema é excelente!