Não há qualquer mística neste assunto; a conta é simples. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, anuncia-se candidato para as presidenciais de 2014. A presidente Dilma Rousseff, muito bem avaliada popularmente, será candidata à reeleição.
Assim, Eduardo tem que ser candidato pela direita, porque pela esquerda será Dilma. Esse besteirol de terceira via é algo que se utiliza para evitar que o favorito vença na primeira volta, apenas. Foi precisamente o que aconteceu com Marina Silva, a terceira-via absolutamente nada, que permitiu a Serra ir à segunda volta e perder de Dilma.
Creio que Eduardo não seja tolo e dado a indignidades a ponto de aceitar ser o candidato laranja da tal terceira via. Então, é razoável supor que será ele mesmo o candidato a presidente ou a vice-presidente pelo campo da direita.
Aí, chegamos ao ponto. Para ser minimamente viável contra Dilma, Eduardo terá que vender-se integralmente à TV Globo, única forma de contrapor-se a um governo bem avaliado. E convém não esquecer que não se vende meia alma…
Ele vai mesmo se vender à UDN, resta ver como vão ficar os outros caciques do partido dele se a retaliação de Dilma começar logo a tomar cargos.
Dilma percebeu bem a movimentação.
Então, retira os cargos do partido de Eduardo e os distribui com o PMDB.
Afinal, é melhor aliança com os jesuítas que meio poder com os dominicanos.
Problema é que Eduardo Campos é um dos jesuítas e tentará uma volta, depois de trair.
Andrei, eu resisti ao hino russo… Com muita força, hei de dizer. A Goerge Galloway não foi difícil resistir por simples ignorância sobre Oxford… Ou pouco mais que isso.
Sobre a “liberdade”* e “Bergoglio” pouco (ou nada, para satisfazer teu ego!) =) há de se adicionar.
*Mesmo porque sobre a liberdade, muito me parece o discurso das réguas, e esse nos é antigo.
Sobre a Companhia de Jesus depois nos falamos… =D
Sobre a posta a venda da alma de Campos, nada a comentar, como sempre. Porém, o mais importante dos últimos dias não transformaste em post.
E foi a tua releitura de Michkin. Primeiro pela relevância, segundo, pela menção a deus Jorge Amado, que merece especial atenção de minha parte pelo menos. E não que vá começar discussão via blog, ou coisa que o valha, mas a explicação do porque da mistura de Cervantes, Amado, Michkin e Dostoievski me pareceria um interessantíssimo post…
O negócio, Veveu, é que Dostoievski não permite qualquer abordagem ligeira, nem apenas alguma espécie de hagiologia.
Jorge Amado, que foi grandíssimo escritor, podia dizer simplesmente que Cervantes e Dostoievski esgotaram as possibilidades do romance, porque ele era romancista.
Eu também acho que as aventuras do valoroso fidaldo Don Quixote e Os irmãos Karamazov bastariam, se tivéssemos que ficar com apenas duas obras da criação literária, mas isso, se o digo eu, é apenas uma platitude.
Preciso pensar com muita calma.