Dilma Roussef foi eleita Presidente da República Federativa do Brasil. Será combatida pelos média e rejeitada por alguns poucos setores das classes médias, de tendências fascistas e anti-liberais.
Não será antagonizada por uma verdadeira direita liberal, que isso falta ao Brasil. O antagonismo que a espera é resultante basicamente de ódio, preconceito, mesquinharia, ignorância e entreguismo.
A Presidente é verdadeiramente a pessoa adequada para levar adiante a realização de um país condizente com suas potencialidades, que são imensas.
Um Brasil proporcional às suas possibilidades é um país que rompa com o esclavagismo, ou seja, um país em que as riquezas naturais e os resultados do trabalho revertam para os seus detentores, sejam os trabalhadores, sejam os velhos, sejam os banqueiros.
Isso foi o que o Presidente Lula inaugurou: um pouco de liberalismo social-democrata. Esse pouco foi suficiente para despertar a ira de alguns oportunistas que se queriam liberais e meritocráticos sem, todavia, o serem. Isso foi o que pôs o país na rota do crescimento econômico.
Foi o que agora aprova-se nas urnas, o fim da segregação absoluta.
Ei pô!!! Champanhe da vitória!! É hoje ou amanhã?!?!?! heheheheheheheh É sério!!!
Concordo com sua análise. Há alguns dias, a Maria Inês Nassif publicou no jornal valor econômico uma análise muito precisa do que proporcionou este segundo turno. Revelou um Brasil atrasado, retrógrado e conservador. Por outro lado, julgo importante destacar o papel da imprensa de direita neste momento, em particular do semanário de direita, veja. Nunca a opção foi tão evidente e descarada. A veja não parece mais ter nenhum compromisso com o jornalismo imparcial. Escolheu seu lado e pretende viver nele e com ele.
Germano,
A mim parece-me que a Veja acertou-se com seu destino. Não vai recuar da distribuição de infâmias, ódios e mentiras; vai reforçar essa postura.
Com pouco, ela será inconveniente ao projeto de nova oposição que deve surgir. Vai tornar-se cada vez mais uma revista Caras, portanto.
Sucede que a oposição ao governo da Dilma será liderada por Aécio Neves, queira Serra ou não. E Aécio não é descortês, não é um pequeno burguês fascista e não é paulista.
Ele já disse, inteligentemente, que fará uma oposição responsável, ou seja, disse que não jogará sujo. Há muito espaço para ser-se oposição assim, mais cordialmente, mais suavemente.
Serra não conseguirá deixar de ser o que é; arrastará sempre atrás de si a sua cadeira. Investirá no mesmo de sempre, ou seja, na agressão à Presidente por intermédio das TVs e jornais e revistas que para ele trabalharam.
A grande guerra será entre ele e Aécio.Mas não creio que ele consiga mobilizar tantos recursos para esse conflito. Serra é um investimento que rende pouco!
Penso que a veja está mais para a antiga revista “visão”, lembra-se dela? Do pitoresco Henry Maksoud. A visão era uma revista quinzenal, salvo engano, e bem de direita, partidária de uma economia de mercado e laudatória para com o regime militar. A veja, por outro lado, me parece mais raivosa, mais estilo “Volkischer Beobachter”. Tem seu mercado assegurado, haja visto a votação de serra. Há todo um Brazil muito, muito reacionário e conservador. Quanto a aécio, é uma quimera. Concordo que ele é mais civilizado que serra – o que seria mais incivilizado? Por outro lado, é animal político dos mais sorrateiro e dissimulado. Qual sua visão de mundo? Certamente não é uma progressista. Fez o que fez com serra, auxiliado pela eminência parda de sua irmã e esta, aos abraços e carinho ontem. Ainda acho que o Brasil carece de uma oposição consequente e eficaz.
Tens toda razão quando dizes, Germano, que há um vasto Brazil conservador.
Com relação ao Aécio, também concordo que ideologicamente não difere muito do Serra. Todavia, a cortesia dele já é uma enorme diferença, à vista de a grosseria e a vileza terem sido muito marcantes das atitudes do segundo.
Parece-me que a elevação do nível da oposição parlamentar – afastando-se do vale-tudo e da mentira como meios preferenciais – pode ocorrer com a liderança de Aécio.
Uma coisa, porém, parece-me certa: precisamos fazer as TVs concessionárias de serviços públicos agirem como tal.
Com relação a folhas, estados e vejas, o código penal.