Esse é um provérbio ibérico – português e espanhol – e até deu nome a um filme de Carlos Saura. Se o Departamento de Estado Norte-Americano atentasse às coisas das diversas culturas, esse provérbio, por exemplo, talvez errasse menos.
A diplomacia estadounidense especializou-se em fomentar os problemas que ela própria teria de enfrentar, mais adiante. Se é burrice ou cálculo, não sei, mas é verdade.
Depuseram Mossadegh, no Irão, para lá pôr o Xá Pahlavi, usurpador dócil aos interesses petrolíferos estrangeiros. Resultou na revolução islâmica, fortemente contrária aos interesses norte-americanos na Pérsia.
Financiaram o Taleban, uma quadrilha conhecida, para dar trabalho aos russos no Afeganistão. Resultou, sim, na saída dos russos do Afeganistão. E, também, nos atuais problemas, já que a banda Taleban voltou-se contra os norte-americanos.
Criaram Sadan Hussein, para dar trabalho aos iranianos. Antes, os britânicos já tinham criado esse artificialismo que é o Iraque. Resultou no que se tem visto por lá, desde há vinte anos.
Algum dia eles estudarão história, ou assim está mesmo bem, porque atuam calculadamente a favor do caos, do saque e da venda de armamentos?
O mundo vai bem quando está mal. Não existiriam salvadores se não existisse a quem ser salvo.
André,
Parece que a coisa anda assim, como disseste, mesmo.
Que os beneficiários diretos se regozijem é normal. Chato é ver a platéia do espetáculo.