Ninguém deve melindrar-se, pois o ofendido é apenas o auto-proclamado representante. O mandante não fez mais que agir como o implacável Deus de Moisés!
Um espaço de convívio entre amigos, que acabou por se tornar um arquivo protegido por um só curador.
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Não é curioso como parte daqueles que se dizem ortodoxos desprezam, sumariamente, algumas convenções do vaticano? As consideram anacrônicas e se permitem desconsiderá-las, simples assim. Ao ponto de ridicularizar aqueles que se pautam pelas normas em que acreditam. O uso de preservativos me parece um bom exemplo.
Ora, se acreditam na legitimidade da representatividade e das escrituras, como não perceber a presunção – e a própria cilada – de se contemporizar as regras ao alvedrio subjetivo de cada um?
Brinca-se de tudo, inclusive de/com deus.
Pois é. Há um vasto catálogo de coisas proibidas pelos representantes católicos do Deus único. Mas, eles mesmos flexibilizam uma e outra.
Quer dizer, tornaram tudo um problema jurídico, com interpretações, brechas, princípios tais e quais, suspensão de regras em casos especiais…
Pois bem, tornando a coisa jurídica, envidenciam que de Deus nada há nisso.
Imaginemos uma cena insólita: sua santidade Ratzinger I vem visitar o Rio de Janeiro, é sequestrado e ameaçado de estupro.
Vai ou não vai pedir para ser estuprado com camisinha???
O chefe da igreja católica, queira ou não, tem muita responsabilidade no mundo; em sendo assim, não pode, de maneira alguma, em nome de suas prerrogativas com Deus e da sua intrepretação dos cânones da sua religião, se juntar ou até comandar as hostes que torcem por um novo genocídio que elimine africanos, homossexuais e viciados em drogas com a proliferação do HIV.
Acho que já está na hora desse pessoal do Vaticano de Ratzinger I ser confrontado publicamente com estatísticas que mostrem o resultado da irresponsabilidade das suas orientações aos católicos.
As campanhas pelo uso da camisinha no Brasil limitam-se ao período do carnaval, como se não se trepasse nem se tomasse drogas injetáveis no resto do ano.
Espero que Dilma tenha mais corágem de encarar a CNBB da mesma maneira que o demitido secretário de agricultura dos USA no governo Reagan encarou o papa do dia, que tinha decretado que sexo entre os humanos devia ser somente para procriar: em bom italiano disse na televisão que “quem não pratica não deve entender do assunto”. Foi demitido por pressão dos católicos nos USA mas deu o recado certo.