Ciro Gomes, ex-candidato a Presidente do Brasil.
Ciro Gomes é um político brasileiro, cearense nascido em Pindamonhnagaba, São Paulo. Teve uma exitosa carreira no Ceará e na política nacional. Foi governador daquele Estado na época em que novos grupos surgiam a propósito de afastar a velha política dos três coronéis que mandavam lá há décadas, alternadamente. No início, trocaram-se três coronéis por apenas um, Tasso Gereissati. Depois, Ciro Gomes, que lançou-se na política à sombra de Tasso, rumou por caminho próprio.
Ele é muito inteligente e, aparentemente, bastante sincero. Essa última qualidade é tão desprezada no país que recebe os nomes de incontinência verbal, destempero, pavio-curto, descontrole e outros mais que carregam significados negativos. Ciro já foi qualificado por tudo isso, exatamente nos seus melhores momentos.
Flertou com a nova direita brasileira, aquela que é sem querer o nome, que sempre foi mas diz que tornou-se. Seu capital político – votos – e sua inteligência puseram-no no governo de Itamar Franco, o vice-presidente que sucedeu a Fernando Collor de Mello e antecedeu a Fernando Henrique Carodoso. Foi ministro da fazenda em 1994, um dos cargos mais importantes de qualquer governo brasileiro e, então, de mais relevo ainda considerando-se o problema inflacionário, que foi atacado e debelado.
Integrava o PSDB, o mesmo partido de José Serra, de que se retirou em 1996, passando a uma legenda filiada a este, o PPS. Desta época pessedebista deve ter retirado sua convicção quanto à falta de escrúpulos do Serra e é conhecida sua assertiva sem suavizações: Se for preciso, Serra passa por cima da mãe com um trator!
Integrou os governos de Lula. Saiu do governo e, no PSB – Partido Socialista Brasileiro – elegeu-se deputado federal pelo Estado do Ceará, o mais bem votado parlamentar do Brasil. Lançou sua candidatura à presidência da república pelo seu partido, que é aliado do partido do Presidente. Nunca passou dos 10% das intenções de votos, aferidos nas diversas pesquisas e sua candidatura prejudicava a de Dilma Roussef, candidata do Presidente com chances reais de vitória.
Agora, o partido dele resolveu por um fim à sua candidatura e marchar na aliança com o partido do Presidente, apoiando a candidatura de Dilma Roussef. Claro que ele achou ruim e concedeu entrevista disparando para todos os lados. Isso é do jogo político-partidário e um homem experiente como Ciro Gomes pode achar ruim, mas não pode alegar desconhecimento das práticas.
Sintomaticamente, as hostes de José Serra apressaram-se a repercutir a retirada da candidatura de Ciro Gomes como uma violência antidemocrática. Sintomaticamente, o partido de José Serra negou-se a adotar a democrática realização de prévias partidárias para escolher seu candidato, destruindo assim a promissora candidatura de Aécio Neves. Reclamação é reclamação, mas querer dar-lhe ares de violação democrática é tão falso quanto uma cédula de trinta reais, notadamente vinda do PSDB.
O problema todo para José Serra, bem como para a candidatura lateral à dele de Marina Silva é que a saída de Ciro Gomes fortalece a candidatura de Dilma Roussef, apenas isso.
Risada instantânea!!
“Ciro Gomes não é candidato nas presidenciais e o urubú fica com raiva do boi.”
Ficou mesmo, puto da vida.
Andrei…está ótimo, mas apenas um detalhe.
Ele não fez parte do Governo FHC, mas de Itamar
Abraço
Pierre, é verdade, obrigado pela correção. Vou alterar o parágrafo relativo à participação no governo de Fernando Henrique Cardoso.