Um espaço de convívio entre amigos, que acabou por se tornar um arquivo protegido por um só curador.

Categoria: Música (Page 8 of 37)

Chico Anysio.

http://youtu.be/1Qkcha4QVmM

Chico Anysio era inteligentissimo; nao era erudito, mas muito sagaz, de uma percepçao ampla dos tipos sociais. Era capaz de pintar em cores fortes e traços grossos, como em caricatura, e em traços finos e sutis.

O urubu com raiva do boi vale mais que muitos livros de sociologia e antropologia juntos…

Soneto de fidelidade, de Vinicius de Moraes.

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Brasil: carros, novos-ricos e empregos.

Um país minimamente sério faz política industrial e usa de seus recursos de soberania, entre eles a taxação sobre importados. Muitas vezes, trata-se de não exportar empregos, pura e simplesmente.

Já que os rentistas brasileiros conseguem impor ao Estado uma taxa de juros obscena – o que lhes premia duas vezes: com juros e com moeda forte – o Estado age com o que lhe resta: o poder de tributar.

É muito divertida para as classes média-alta e alta a brincadeirinha de comprar carros importados a preços convidativos, em muitos casos por conta de evidentes subfaturamentos nas origens.

Para o país, em geral, que não se está a passear em Land Rovers, a coisa é menos divertida, porque exporta empregos e divisas.

Quando o governo resolveu aumentar os impostos sobre os carros importados, foi uma gritaria histérica dos privilegiados. Uns, como habitualmente, puseram nos seus discursos tintas de ciência econômica. Esquecem – ironia máxima – que economia não é ciência, mas…

A tolice logo se fez evidente, porque o mercado brasileiro, de tão atrativo, de margens de lucro tão altas e demanda tão aquecida, levou as montadoras a anunciarem investimentos aqui!

Afinal, o governo estava certo e os novos-ricos continuaram comprando suas Land Rovers mais caras mesmo.

Agora, volta a histeria porque o governo quer rever o acordo automotivo com o México, pelo qual os carros brasileiros e mexicanos vendem-se lá e cá sem impostos de importação.

Está novamente certo o governo, porque a brincadeira tem acarretado défice comercial para o Brasil. É hora de reequilibrar as contas, portanto, queiram ou não os novos-ricos.

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