Um espaço de convívio entre amigos, que acabou por se tornar um arquivo protegido por um só curador.

Categoria: Desimportâncias (Page 13 of 13)

Uma tirinha… Engraçada?

E.M. e as idéias
E.M. e as idéias

O que aconteceria se os personagens da tirinha fossem reais???
Já pensou se algum político de repente tem essa mesma idéia? E se de repente o cara contrata suas empresas para fazer segurança privada… Pra onde iria o dinheiro dos impostos? Esse político teria idoneidade para decidir sobre os rumos da segurança pública? Humm…

PS1: É sim uma tirinha engraçada… No mínimo dá calafrios… =)

PS2: E se o filho do político dissesse quase sem querer, de onde saiu o dinheiro de um certo castelo?

Tirinha direto do Malvados.com.br.

Todo dia ela faz tudo sempre igual…

É a gata das orelhas amarelas que todo dia faz tudo sempre igual. Por isso lembrei da música de Chico Buarque. A gata, todos os dias, entra no quarto e pula em cima da cama, à volta das seis e meia. Começa a passear por cima da gente, sem cerimônias. Acomoda-se em algum cantinho e cochila um pouco.

Acorda, levanta-se e continua o passeio, cheirando tudo. Começa a puxar os lençóis e a meter-se por baixo deles. Depois começa uma cantoria de miados bem altos, como se dissesse acorda! Estou aqui! Tá na hora de comer e beber água. Sim, porque ela gosta de beber água corrente, então é preciso abrir uma torneira, deixar escoar um filetezinho de água e esperar que ela beba.

Os gatos são muito metódicos e seguem uma cronologia diária muito bem marcada. Tem hora de dormir – a maioria – tem hora de brincar, de comer, de beber água, de miar insistentemente.

Afinal, é um belo despertador e não dá para ficar com raiva.

Técnica e tecnologia como fetiches.

Não se trata aqui de falar da elevação dos meios a fins, nem de ser contra o fascínio com a técnica, que eu, por exemplo, sou fascinado pela mecânica. Mas, de uma variante da sempre renovada crença nos efeitos salvadores das evoluções técnicas e tecnológicas. Claro que essa tendência é parente próxima do imediatismo e do pensamento anti-histórico. Ou, pelo menos, da concepção da história marchadora sempre sem sentido único, sem involuções.

Atualmente, é o culto das tecnologias como panacéias, sejam dos problemas individuais, sejam dos coletivos. É curioso notar que a tecnologia em sí é inerte, ou seja, não é finalística, nem boa, nem ruim. Claro que pode ser alçada a discurso ideológico, mas sua gênese não se insere em qualquer categoria axiológica.

O culto esquece que ele mesmo replica-se historicamente. No início da revolução industrial, a máquina a vapor ia ser a redenção da humanidade ávida por força produtiva mecânica. Não foi redenção nem maldição, foi o surgimento de uma técnica, inserida em algum momento histórico.

Na primeira metade do século XX, a física do átomo assumiu o posto de deidade a ser cultuada. Seu domínio seria o fim dos males, a energia sem limites, a potência destruidora. Enfim, a nova e última fronteira. Instalou-se e as coisas seguiram seu rumo, assimilando a nova deidade no seu imenso panteão.

As comunicações e os meios eletrônicos apresentaram suas candidaturas ao panteão, logo aceitas. São o remédio de todos os males, o motor da aproximação irreversível de todas as gentes, a possibilidade de acumular enormes quantidades de informações. Esse deus é tão poderoso que traz em si a potência de ter mais potência. Seria auto gerador de mais possibilidades, continuamente. Não há dúvidas de quanto de ridículo há nisso, mas acredita-se!

Geraria novas formas de relacionamentos pessoais e de grupos, relegando ao lixo tudo quanto antes se falou sobre economia, poder, comunicações, educação e sociologia. Paradigmas quebrados, teses obsoletas, futuro auspicioso para todos. Curiosamente, em alguns locais a mágica parece-se mais com farsa.

Vejo, nesta porção do Brasil, muitas pessoas munidas dos telefones mais modernos que existem, coisas como i-fones e semelhantes. Na maioria dos casos, todavia, os aparelhos, além de aumentarem os pesos suportados pelos bolsos dos usuários, servem para pouco mais que falar. Estranha contradição: os meios necessários para que esses super-telefones desempenhem todas as suas potencialidades salvíficas são precários. Quer dizer, as conexões são péssimas e os telefones são telefones!

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