Um espaço de convívio entre amigos, que acabou por se tornar um arquivo protegido por um só curador.

Autor: Severiano Miranda (Page 6 of 8)

A orquestra sinfônica jovem da Venezuela.

Thiago Loureiro, algum tempo atrás, me enviou um vídeo de um maestro chamado Jose Antonio Abreu, trata-se de um maestro venezuelano, que fundou e dirigiu a Orquesta Sinfónica Simón Bolívar, e a Orquesta Sinfónica Nacional Juvenil. Ele ganhou o TED prize (Tecnologia, Entretenimento, Design), que premia “idéias que valem a pena ser difundidas”. Trata-se de fundação norte americana, que teve início no vale do sílicio, logo o prêmio era para novas tecnologias, porém logo foi ampliado para outras áreas, como ciência e cultura.

A difusão do prêmio é feita pela internet, por meio de vídeos com aproximadamente 18 minutos de duração. O vídeo de Jose Abreu, que ganhou o prêmio em 2009, vale a pena ser visto:

Dessa orquestra, saiu um outro maestro, chamado Gustavo Dudamel, também venezuelano, que veio a conduzir as melhores orquestras do mundo. E para além do vídeo do prêmio, há um outro, de conferência com Dudamel durante o recebimento do prêmio de Abreu, onde Dudamel lhe rende uma homenagem. Conduzindo a Sinfônica Jovem da Venezuela, com duas lindas músicas. Na segunda, a osquestra toda está vestindo jaquetas nas cores do país (venezuela claro), e eles tocam a música Danzón no. 2 do compositor mexicano Arturo Márquez (a quem interessar possa). E se vale a pena ver o vídeo de Abreu falando sobre seu trabalho, vale mais ainda ver o resultado:

Observação: O primeiro vídeo tem legendas em inglês e está falado em castelhano, o segundo está falado em inglês e não tem legendas. Logo antecipadamente peço desculpas aqueles que não compreenderem os idiomas, sem no entanto deixar de frisar que pode-se escutar a música de Arturo Márquez, que é belíssima.

José Serra é capa da revista Istoé (homenagem a revista Veja).

Semana passada (edição 2186 de 09/10/2010)  a revista Veja saiu com a seguinte capa:

Capa da Veja sobre Dilma e o Aborto
Capa da Veja sobre Dilma e o Aborto

Numa clara intenção de fazer a campanha baixar o nível e trazer a tona dessasuntos como esse do aborto e/ou religião, afinal o que se pretende eleger aqui é um presidente, um padre ou uma parteira? Oras, não é de se estranhar, vindo da Veja, que já saiu com essa capa também (edição 1513 de 17/09/1997):

Eu fiz aborto.
Mulheres de três gerações enfrentam a lei, o medo e o preconceito e revelam suas experiências

Mas capas da revista Veja, hoje em dia são desimportantes por si só. Esse post é em homenagem a capa da Revista IstoÉ dessa semana (edição 2136 de 20/10/2010):

IstoÉ José Serra
Capa da IstoÉ de 20/10/2010

Capa que copia deslavadamente a capa da Veja, apenas com José Serra como ator principal. Sinceramente não acho a IstoÉ um primor de jornalismo, apenas estou gostando de ver fogo contra fogo. Afinal até que um dia nego cansa de só apanhar.

Mitos Tucanos 3: A vulnerabilidade externa

Recebi por email, não por acaso do próprio Andrei, a seguinte carta do professor Ricardo Carneiro* com tema já descrito no título.

Costumo, por via das dúvidas, sempre verificar a veracidade dos correios que recebo, para que não aconteçam coisas como essa: “Arnaldo Jabor” escreve um texto, que não é dele e tem que se desculpar ao vivo pela CBN… E ainda há quem aceite o referido texto muito bem. Não querendo defender Jabor claro, mas o texto não é dele, simples assim. Parece que as pessoas pensam que se escondendo por trás de qualquer nome de artista vão dar mais credibilidade ao que escrevem, sentindo-se livres para escrever qualquer bost… Bom, de forma que pelo menos o Ricardo Carneiro é realmente professor da Unicamp… E como o texto também está disponível no Blog de Nassif, que considero sério, resolvi publicar na íntegra. Espero que esteja tudo nos conformes.

Dentre os vários mitos alardeados pelos tucanos nos últimos anos está aquele que afirma que o Governo Lula recebeu como herança uma economia sólida e sem fragilidades, sobretudo no front externo. Nada mais falso. Há vários indicadores que podem mostrar isto. Escolhemos o mais sintético deles, o das reservas internacionais possuída pelo país.

O gráfico abaixo reconstitui o valor das reservas desde 1998. Faz uma distinção importante entre o que de fato eram reservas próprias e disponíveis e aquelas reservas que correspondiam aos empréstimos do FMI – as reservas emprestadas. Essa distinção era, aliás, uma exigência do Fundo com base no argumento de que na prática esses recursos deveriam ser devolvidos a curto prazo.

Como se pode constatar o volume de reservas é relativamente baixo, para uma economia aberta como a brasileira durante todo o segundo mandato de FHC. O dado mais significativo, porém é que essas reservas são declinantes. Elas eram de US$ 34,4 bilhões em 1998 e caem a menos da metade ao final de 2002. Ou seja, o Governo Lula herda desse ponto de vista uma situação crítica: reservas de US$ 16,3 bilhões, além de um acordo com o FMI.

A recuperação das reservas se faz de maneira continuada e significativa desde o primeiro ano do Governo Lula. Foi isto que permitiu já no terceiro ano do primeiro mandato pagar o empréstimo do FMI e, mesmo assim, manter um nível muito mais elevado de reservas próprias de cerca de US$ 53,8 bilhões. Apenas para ficar mais claro o significado desses números, o Brasil pagou em 2005 cerca de US$ 25 bilhões que devia ao FMI e ainda ficou com US$ 53,8 disponíveis, cerca de quatro vezes mais do que o herdado de FHC.

De lá para cá as reservas internacionais só tem aumentado; os últimos números apontam um valor em torno de US$ 270 bilhões. Elas constituem um importante seguro contras as turbulências externas como, aliás, se pode observar em 2008 e 2009. Não só inibiram um ataque especulativo contra o real como possibilitaram a reconstituição das linhas de financiamento do comércio exterior brasileiro. A conclusão desses números é portanto inequívoca: o Governo lula herdou uma economia fragilizada do ponto de vista das suas relações com o exterior e, reduziu substancialmente essa fragilidade.”

Grafico reservas internacionais

Grafico reservas internacionais

* Ricardo Carneiro é professor livre-docente do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisador do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica (Cecon) deste instituto.

Apertem os cintos, o blogueiro sumiu!

Bom, o blogue “A Poção de Panoramix”, inicialmente é “Uma colaboração de amigos sobre Literatura, Política, Cozinha, Filmes, Infâmias e Brasil…” como está nas descrições dos motores de busca.

Acontece que a parte sobre a “colaboração de amigos”, dessa descrição, hoje, é um pouco distante da realidade. Os amigos, que inicialmente sempre escreviam, estão um tanto quanto sumidos, alguns escreveram poucos textos, inclusive eu, que vos escrevo agora, e que sou um desses que desapareceu. Desapareceu é modo de dizer, na verdade o meu mea culpa é mais porque parei de escrever, pois afinal, continuo na gerência do blogue, atrás das cortinas. Fizemos a mudança de servidor, e mais algumas coisas “importantíssimas”.

Mas de verdade, verdade mesmo, o “blogueiro” acabou sendo Andrei. E toda produção ficou centrada nele, e apesar de sempre tentarmos abduzir novos produtores de conteúdo. Fora alguns posts, não conseguimos muito sucesso.

Eis que Andrei teve que viajar a Braga – Portugal, por questões pessoais. E quem fica responsável pelo blogue durante as próximas duas semanas provavelmente, é Severiano, o contra regra.

O resultado prático, é uma queda de qualidade nos textos, que ficam mais superficiais, e com mais links. Esperemos a volta do blogueiro chefe, dentro de algumas semanas, com uma pá de novas estórias astrológicas.

E a seleção da Espanha cai…

Messi

Messi

Acredito ter visto a maioria dos jogos da seleção espanhola pela Copa do Mundo, não exatamente por torçer para a Espanha, mas sim porque a Espanha estava sempre jogando contra alguma seleção sul americana.

Na fase de grupos, jogou contra Honduras (2×0) e depois contra o Chile (2×1). Tendo perdido o primeiro jogo para a Suiça por 1×0.

Na segunda fase jogou contra: Portugal, Paraguai, Alemanha e Holanda na final, ganhando cada um desses jogos por 1×0. Foram 3 partidas contra selecionados sul americanos e 1 contra Portugal, nossos ilustres colonizadores, de forma que eram jogos que me interessavam pela identificação cultural que sentia. Sempre dominando o meio de campo, e cozinhando o outro time até marcar o gol, a equipe espanhola chegou ao título. Claro, com um excelente toque de bola.

Apesar disso, não me convencia. Eis que terça-feira passada, no dia 7 de setembro, enquanto nós comemorávamos nossa independência, a equipe Espanhola fazia um amistoso contra a Argentina.

A Espanha tinha os mesmos jogadores que jogaram na copa do mundo, numa escalação diferente, Sergio Ramos, lateral direito do Madrid, e Iker Casillas, goleiro do Madrid, não jogaram. Em seus lugares jogaram o goleiro do Barcelona, Victor Valdés (2º goleiro da copa, depois substituido pelo 3º goleiro da copa, Pepe Reina, enquanto Casillas permaneceu no banco), e na lateral direita espanhola, Alvaro Arbeloa, na copa, reserva de Sergio Ramos, que nesse jogo, permaneceu no banco.

A seleção Argentina jogou com algumas alterações no seu time da copa, no meio de campo principalmente, com Cambiasso, D’alessandro e Ever Banega. Eis que o selecionado espanhol levou um tremendo chocolate da equipe argentina, e por mais que alguns titulares da copa tenham permanecido no banco, uma derrota por 4×1 não é assim tão desprezível…

Não entendo suficiente de futebol para analizar a fundo o que aconteceu. Apenas fico feliz pela vitória da albiceleste, para ser melhor, só mesmo se Maradona ainda fosse o técnico. Mas nem tudo é perfeito. =)

Deixo aqui as manchetes do dia 08/09/2010 de alguns jornais argentinos:

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Muito melhor que a vuvuzela…

A UEFA no começo desse mês, proibiu o uso de vuvuzelas ( as famosas “cornetas” usadas na Copa do Mundo desse ano) nas competições européias sob o argumento de que na África, elas traziam um tanto de folclore local aos jogos, coisa que não se repetiria na Europa, onde a tradição seria cantar.

Isso foi notícia há alguns dias, e eu não vejo, ou conheço, tanto sobre futebol para saber se a tradição por lá é realmente cantar ou não, na verdade eu não vejo tanto futebol para opinar na maioria dos casos, mas sempre faço uma confusão, afinal é futebol. Do que vi na Copa do Mundo, realmente se fazia uma zuada danada com as tais vuvuzelas.

Eis que algum tempo depois de eu ver a proibição nas notícias, vejo esse vídeo, de uma partida de pré temporada da Champions League, entre o Ajax da Holanda e o Dínamo de Kiev da Ucrânia, jogada no estádio Amsterdam ArenA. E… O povo canta, não só canta, como canta Three Little Birds, de Bob Marley. A bola deve ter rolado antes da hora no dia do jogo… De qualquer forma, com certeza a cantoria foi bem melhor do que a zuada das cornetas.

PS: Nota especial pra notícia de entrada do site do Ajax: “Brazil’s President pleased with Ajax shirt“, pô o Lula é tão popular quer até o Ajax que estar do seu lado… Tá fogo Serra, tá fogo!!!

A música de Jorge Drexler…

Outro dia conversava com um amigo sobre a qualidade músical brasileira, a dos dias atuais e a de antes… Conclusão comum, foi que quanto mais elaborada a música menos simpatizantes tinha. Assim, a música clássica, brasileira ou não, estava sempre fadada a pequenos nichos de “entendidos”, onde por mais que se queira entrar, é muito díficil, por desconhecimento técnico mesmo.

Saltando um bocado do clássico, tem outros estilos, cada vez mais com divisões e subdivisões rotulares que mais me confundem do que auxiliam, música popular, worldmusic, samba, jazz, blues, rock and roll, heavy metal, bossa nova, manbo, a lista é imensa, e veja desse começinho, se captula uma coisa, escuto música daqui, da américa latina, e música em inglês, que toca e é vendida no mundo todo.

Nesse ponto disse a ele que estávamos mal acostumados, com uma música que já não se valorizava mais por aqui, Chico Buarque, Vinícius de Moraes, Antonio Carlos Jobim, Toquinho, Paulinho da Viola, essa lista também é imensa… E vou parando pra não cometer mais injustiças do que já cometi. Mas certo é que estavamos acostumados a uma qualidade musical extraordinária. Coisa difícil de se conseguir não só aqui, mas em qualquer lugar do mundo. Manter isso é praticamente impossível. E eis que hoje, não é que tenhamos música ruim, ou só música ruim, temos sim, é a realidade de não ter mais um Tom Jobim a nos encantar.

Me lembro de uma ocasião, provavelmente num filme sobre a bossa nova chamado “Coisa Mais Linda“, vi um caso em que Jobim conversava com alguém e, este lhe perguntava:

“- Rapaz, você tem músicas entre as mais tocadas do mundo! Concorrendo com os Beatles, explica como é isso, como se sente!!”

E ele respondia com calma, e mesmo sem dar muita impotância:

“- É, mas eles são 4…”

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Infelizmente, todos se esqueceram do passe para o gol de Robinho…

E começa a “Era Felipe Melo”, ouvi ou li, em alguma resenha esportiva durante essa Copa, dizendo que Felipe Melo era o Dunga de Dunga… Dunga teve sua “Era Dunga”, e depois mostrou a que veio, teve oportunidade para tanto. Não sei se Felipe Melo terá a mesma oportunidade, depois do erro crasso que cometeu no jogo contra a Holanda.

Dai a julgar que ele é culpado de alguma coisa isoladamente, acho demais, é como faz o reporter esportivo Paulo Vinicius Coelho, muito conhecido como PVC, da ESPN, que é muito bom, mas acredito ter sido infeliz em sua assertiva, em 11 de maio durante entrevista, ele disse que a Juventus, fez a pior campanha de sua história e jogou a carga nas costas do Felipe como se ele fosse culpado da má campanha sozinho, sem ter outros 10 jogadores ao lado. Da mesma forma vai ser feito com a Copa, meio sem querer vão sempre citar o seu fiasco. Como agora já fazem citando a reportagem e o seu respectivo vídeo:

Oras, sem culpado sem nada. Que foi uma estupidez do jogador “pisar” no outro foi, assim como foi bobagem de Ramires fazer uma falta no meio de campo ganhando um jogo por 3×0, dando assim a oportunidade de Melo voltar ao time… E convenhamos, a Holanda, assim como a Espanha, deu uma sorte dos infernos, porque não fez muito mais que aquilo o jogo todo, infelizmente para os brasileiros, “aquilo” foi suficiente. Infelizmente para Felipe Melo, o pessoal vai lembrar por um bom tempo o que ocorreu na Copa.

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Os erros de arbitragem.

Pelo menos duas partidas importantes das oitavas de final da Copa do Mundo 2010 foram marcadas por erros de arbitragem. A partida da Alemanha e Inglaterra, e a da Argentina com o México.

Não fosse prejudicial por si só, esse tipo de erro na Copa é tanto pior pois desestabiliza o time que sofre o gol, é notável o abatimento dos times que levam o primeiro gol, tanto que há poucos casos de virada. Muito pelo contrário, geralmente o time que leva o gol geralmente tem que sair ao ataque e acaba levando outros.

No jogo com a Argentina, no primeiro gol marcado, Tevez estava em posição irregular, e no jogo com a Inglaterra, houve um gol inglês que não foi marcado e gerou controvésias, do meia Lampard, esse não foi erro, não foi gol mesmo, como mostra a figura:

Gol de Lampard
Gol de Lampard

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