Um espaço de convívio entre amigos, que acabou por se tornar um arquivo protegido por um só curador.

Autor: Olivia Gomes (Page 1 of 3)

Homenagem ao nosso Luiz Gonzaga.

Hoje Luiz Gonzaga faria 98 anos. Natural de Exu, em Pernambuco, o músico morreu em 1989 e deixou um legado riquíssimo para a cultura nordestina.

Se a gente lembra só por lembrar
De um amor que a gente um dia perdeu
Saudade entonce assim é bom pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber pois não sofreu

Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade entonce assim é ruim eu tiro isso por mim
Que vivo doido a sofrer

Ai quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz doer e amarga que nem jiló
Mas ninguém pode dizer
que vivo triste a chorar
Saudade o meu remédio é cantar
Saudade o meu remédio é cantar

Lindo!

O Golfo do México e a sociedade brasileira.

Um texto de Gustavo França.

O ano de 2010 marcou os Estados Unidos da América com a maior catástrofe ambiental da história do País: o vazamento de petróleo, por mais de cem dias, no Golfo do México.  A petrolífera BP, responsável pela exploração da plataforma, parece ter conseguido, finalmente, estancar o vazamento e, minimamente, amenizar a vergonha dos americanos perante os olhos do mundo inteiro.

Se fosse no Brasil, as críticas, certamente, viriam numa intensidade maior do que as lançadas contra os americanos, e com argumentos ainda mais carregados. Diriam que somos subdesenvolvidos, irresponsáveis, e todos aqueles adjetivos os quais sempre vem a tona quando vacilamos diante da comunidade internacional.

É bem verdade que muitas das opiniões sobre nossa pátria são preconceituosas e carregadas de argumentos sem o mínimo de fundamento. Mas uma, venha de onde vier, é, infelizmente, a mais pura realidade: a escancarada corrupção do povo brasileiro.

Em tempos de eleições gerais surgem incontáveis campanhas pregando o voto consciente, a escolha de candidatos “ficha-limpa”, e um sem número de conselhos dos mais variados tipos.

O voto constitui, inegavelmente, talvez a mais importante ferramenta posta a disposição por um regime democrático. É através do voto que distorções podem ser colocadas no prumo, quando se escolhem os cidadãos mais preparados e capacitados para gerir a máquina estatal. No entanto, o voto só tem o real poder de modificar quando é emitido por cidadãos plenamente conscientes desse poder, característica que, infelizmente, não está presente na quase totalidade do povo brasileiro.

A realidade social não mudará através da propagação do voto consciente. Chega a beirar a utopia acreditarmos na mudança da nossa realidade social tão-somente votando nos supostos políticos “ficha-limpa”, se é que esses seres existem. E isso porque a corrupção – repita-se, nosso maior problema – não cessará quando pressionarmos a tecla verde da urna eletrônica, como num passe de mágica.

A corrupção no Brasil é caso de saúde pública. Está na mente de grande parte dos cidadãos como uma mancha negra de petróleo que insiste em permanecer escurecendo nossa dignidade. É em virtude da corrupção que muitos definham em leitos hospitalares – isso quando os tem a disposição – enquanto uma meia dúzia de “espertões” comem camarão à beira-mar. É por meio dela que muitos matam, subornam autoridades públicas e permanecem impunes. É ela a causa de milhões gastos na manutenção de ferramentas para combatê-la, quando esse dinheiro poderia ser utilizado para alavancar o progresso brasileiro. E não falo do progresso econômico, mas do progresso moral e espiritual, como a construção de uma rede de ensino pública de qualidade, a especialização e valorização dos profissionais da educação e tantas outras ferramentas indispensáveis para alimentar a alma de um ser humano.

O povo brasileiro bem que poderia ser equiparado à fauna do Golfo do México, que demorará dezenas de anos para se livrar da lama preta e grudenta do petróleo. No entanto, diferentemente de nós, que vivemos mergulhados na corrupção por pura opção, a fauna do Golfo do México não pediu para se sujar de óleo nem vivenciar milhares de mortes determinadas pela irresponsabilidade humana. A sociedade brasileira, ainda que inconscientemente, está mergulhada na lama preta da corrupção por livre arbítrio, por opção própria.

É por isso que “votar consciente”, a esta altura, não exterminará, a curto prazo, o câncer chamado corrupção. Contra essa mazela só há um antídoto: uma revolução cultural profunda, vinda da sociedade para a classe política, e não no sentido inverso, como insistimos em acreditar.

Colocar nas mãos dos governantes a culpa exclusiva pela corrupção é tirar de nós mesmos a chance de estancar esse vazamento interminável que mancha de negro a nossa existência. E a revolução cultural começa por simples gestos que, somados, resultarão num futuro mais digno para cada brasileiro.

Comecemos, nós mesmos, a agirmos de maneira proba como meio de exorcizar a corrupção da nossa sociedade. E o voto, repita-se, não é o instrumento único para se alcançar a vitória sobre esse mal. O voto é a ponta superior da pirâmide, a complementação desta, a ferramenta a ser usada quando a base já estiver devidamente consolidada.

28 anos sem Jackson do Pandeiro.

Há 28 anos morria José Gomes Filho, o Jackson do Pandeiro. Paraibano de Alagoa Grande, o Rei do Ritmo, como ficou conhecido, deixou um legado musical significativo. O Canto da Ema e Sebastiana são ícones de sua obra:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=qUawNS9JTP8&hl=pt_PT&fs=1]

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=qjyYJ6BniS0&hl=pt_PT&fs=1]

Ajuda para Alagoas e Pernambuco.

Alagoas

As enchentes da semana passada deixaram mais de 80.000 pessoas desabrigadas e 16 mortos em Pernambuco, e mais de 70.000 mil desabrigados, 29 mortos e 135 desaparecidos em Alagoas.

Quanto ao sofrimento dos que perderam tudo não se tem muito a falar. Então, fala-se de ajuda, ou em mantimentos ou em dinheiro. Existem pontos específicos nos dois Estados para doações em mantimentos. Também já podem ser feitas doações em dinheiro pelas seguintes contas correntes:

Doações para a população de Alagoas:

– Banco do Brasil – Agência 3557-2, Conta-corrente 5241-8;
– Caixa Econômica Federal – Agência 2735, Conta-corrente 955-6;
– Bradesco – Agência 389-1, Conta-corrente 10.000-5;
– Banco do Nordeste – Agência 031-0, Conta-corrente 19.542-2

Doações para a população de Pernambuco:

– Banco do Brasil – Agência 1836-8, Conta-corrente 100.000-4;
– Bradesco – Agência 3201-8, Conta-corrente 600.000-2;
– Banco do Nordeste – Agência 044-2, Conta-corrente 21.462-7

Vamos ajudar!

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