Em quinze dias de um breve retorno a Braga, compramos e ganhamos muitos livros. Eles pesam consideravelmente e, dependendo do número, também ocupam bastante espaço, coisa escassa nas malas.
Não gosto de viajar levando malas grandes e pesadas e busco andar com o mínimo de volumes possível. Assim, a solução que passaria por comprar outra mala ou saco e meter dentro os livros foi descartada.
Melhor despacha-los pelos correios e recebê-los em casa. O único problema disso é o tempo, que tais encomendas costumam demorar muito a serem entregues. Talvez por conta do zelo da alfândega brasileira que, como se sabe, não deixa entrar no país nada de ilegal ou perigoso ou contrabandeado.
Por isso mesmo, às vezes penso que todo o contrabando, todas as armas, todos os entorpecentes ilícitos que há no país entram por meio de algum sofisticado sistema de desmaterialização e rematerialização. Mas, essas divagações não cabem aqui.
O caso é que já houve livros enviados a amigos, que levaram até três meses para chegarem aos trópicos. Então, estávamos mentalmente preparados para esperar pelo Lobo Antunes, pelos Sermões do Padre António Vieira, pelo Gonçalo M. Tavares, pelo Agamben, pelo Unamuno e outros por alguns meses.
Para imensa surpresa, os livros chegaram-nos às mãos em poucos dezenove dias! Serão contrabando?
Vamos fazer um teste! Compramos uam pelota e uma bola pra ver o que acontece! =))