Jorge Rafael Videla, de oitenta e cinco anos, foi o cabeça do golpe militar de 1976, na Argentina. O regime que ele inaugurou foi responsável por 30.000 desaparecimentos. Foram muito longe em torturas – aprendidas com professores brasileiros, inclusive – e em assassinatos vis, como, por exemplo, por meio do lançamento de gente ao mar, desde aviões.
Videla foi condenado à prisão perpétua, pela segunda vez. Desta feita, foi o tribunal de Córdoba que o responsabilizou pelo assassinato de 31 presos, em uma cadeia cordobesa.
O general já fora condenado à prisão perpétua, anteriormente, em 1985. Mas, em 1990, o então presidente Menen o perdoou, por meio de uma lei de anistia julgada inconstitucional pelo tribunal constitucional argentino.
Um país que sabe de onde veio e para onde quer ir é assim. Enquanto isso, no Brasil, juristas esforçam-se na produção de sofismas para defender a iniquidade de uma auto-anistia dada pelos ditadores a eles mesmos e aos agentes públicos criminosos que mataram, torturaram, sequestraram, estupraram, esconderam cadáveres…
Não tem mais ninguém no nível de um Videla vivo no Brasil, mas muita gente mais nova e saudosista dos tempos da ditadura por aqui ainda vive se coçando para voltar a calçar os coturnos e sair tirando a poeira dos seus gritos de “heil Hitler” meio engasgados pelo tempo.
Acho complicado conter e acabar com os brados dessa gente quando o congresso nacional se “auto-aumenta” os seus salários indecentemente…. e o judiciário já se “auto-aumentou” até antes disso.
Coitada de Dilma…
Com certeza a Argentina se mostra bem justa nos julgamentos das crueldades cometidas durante a ditadura dando assim um belo exemplo.