A economia brasileira cresceu, no primeiro trimestre de 2010, 9% em relação a igual período de 2009. É crescimento econômico em ritmo chinês ou indiano, muito superior à média mundial e à média brasileira.
Não há, no crescimento econômico, o que se considerar ruim. Há, claro, que se buscar formas mais equânimes de distribuir os resultados, que são apropriados muito desproporcionalmente, mas isso é outra estória. Junto com esse exuberante crescimento, verificou-se uma redução do desemprego.
Não obstante, alguns meios de comunicação de massa esforçaram-se até os limites da incoerência absoluta e do desrespeito pelo inteligência alheia para apontar aspectos negativos de um crescimento econômico de 9%.
Por um lado, isso é bom, porque deixa evidente que os meios de comunicação não estão minimamente preocupados com a qualidade ou com a veracidade de quanto dizem. Estão preocupados em fazer campanha política partidária contra o atual presidente da república e sua candidata.
Avançarão até os píncaros da incoerência e da estupidez para prestar serviços ao candidato de oposição ao governo, José Serra, tentando inclusive negar que crescimento econômico seja bom! Eu gostaria muito que esses jornalistas de globos, folhas de são paulo, estados de são paulo e outros meios desse tipo, fossem dizer na Europa que crescimento econômiuco é uma coisa ruim.
A crítica agora é que com o crescimento, alguns serviços trabalharão perto ou além do limite. Não percebem os napoleões de hospício ou cabeças de planilha como diz Nassif que política econômica é trocar o pneu com o carro andando. Não é possivel parar tudo e trabalhar apenas em uma variável. Ou até é possível, como fez o Farol de Alexandria que quebrou o país três vezes. O mais engraçado para mim é perceber que tem muita gente incomodada com o fato do povão estar consumindo. Seus rodízios sendo invadidos pelas classes c e d, os ricos onde sempre estiveram e eles sem ter pra onde ir para se diferenciar. Deve ser phogo… E tome gente quebrando os discos de roberto carlos e julio iglesias, indignados. ana maria braga me enganou….
Embora o crescimento não seja realmente de 9%, vale salientar que o crescimento indiano e chinês se dão baseados numa exploração da mão de obra, coisa que no Brasil, felizmente é melhor regulamentada e fiscalizada.
Não concordo! Até o governo está preocupado com estes 9%… Não é coisa da mídia… Se não estivesse preocupado, o BC não estaria elevando os juros e o governo não estaria fazendo cortes…
Emanuel. Lembre que o BC, embora faça parte da administração indireta goza de independência. Não existe subordinação ao governo. Houve sim, muita discordância dentro do governo com a forma ortodoxa com que as taxas de juros foram administradas nos últimos tempos. Já os cortes são reflexo da pressão da mídia. A meu vez fazem parte daquelas concessões que se fazem ao lugar-comum em época de eleições. É claro que é o tipo de coisa que ninguem admite, nem o governo nem os chantagistas. Gostaria de sugerir o seguinte texto:
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/samuel-pinheiro-guimaraes-crescer-a-7.html
Juntamente com o crescimento veio um recuo da inflação. Põe por terra aquelas idéias de crescimento potencial, de limites em 4,5 ou 5%.
O BC, se aumentar os juros, será apenas para o republicano fim de aumentar a dívida pública e chantagear o governo.
O que acontecia nesses casos Andrei, é que no Brasil quando havia um “surto” de crescimento ou um aumento forte na demanda os empresários nunca apostaram no longo prazo, ou seja, nunca pensaram que o movimento seria de médio/longo prazo. Então aumentavam preço, o dinheiro lentamente mudava de mão, era drenado, e tudo continuava igual, exceto pela alta de preços e pelos empresários um pouco mais ricos e os assalariados um pouco mais pobres. Agora, me parece, existe um sentimento predominante no meio empresarial de que precisam aumentar suas fronteiras de produção, se não a concorrência o fará e ele perderá mercado. Esse movimento reforça o crescimento e diminui as pressões inflacionárias. Isso não garante que não haverão problemas de infra-estrutura e de inflação localizada, nada que não possa ser mitigado por um Estado forte e atento. Não querer isso é querer o país estagnado, bom para a nossos empresários cartoriais e políticos/imprensa entreguistas. O povo do lado de fora olhando, como sempre. É como se um pai desse pouca comida ao filho de propósito, para que ele não cresça, e ele não precise comprar novas roupas, cama maior, não queira sair de casa, estudar, namorar… Enfim, se desenvolver. De fato, um pai pode até fazer isso, mas dificilmente iria a público tentar convencer as pessoas.