Um espaço de convívio entre amigos, que acabou por se tornar um arquivo protegido por um só curador.

A China não lê o Levítico.

Deixe-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação e não me importarei com quem redige as leis. Mayer Amschel Rothschild.

Minorias tributárias da cultura greco-judaica precisam socorrer-se da naturalização da história, ou seja, do moralismo, para justificar seu domínio e os prejuízos imensos que decorrem para os restantes 99%. Toda estratégia de domínio baseada em prescrições axiomáticas faz lembrar o terceiro livro do Pentateuco, esteio deste crime que é a naturalização do histórico.

Por isto, não basta a vastíssima maioria das pessoas no dito mundo ocidental estar sob jugo de meia dúzia, são obrigados a escutarem e acreditarem na naturalidade desta situação. Claro que somente acreditam porque a indústria cultural suprimiu das massas o acesso a qualquer exemplo histórico que pudesse mostrar-lhe a contradita. Basta uma ocorrência diferente do que se prescreve como natural para se perceber a inexistência de natureza…

O plano das grandes casas bancárias para o ocidente é o colapso. A China não é conceitualmente o obstáculo a isso, é, antes e diferentemente, a única hipótese de salvação para quem perceber o plano e quiser escapar de suas consequências.

O problema da usura não reside na imoralidade dos juros, que isso é questão de preço. Reside no emprestar o que não existe, criar e suprimir dinheiro, fazer e desfazer inflação. Não foi por vontade de fazer efeito que Mayer Rothschil disse o que vai em epígrafe a este texto; ele afirmou sem pejos onde está o poder.

Essa gente capturou a criação de dinheiro no mundo depois da derrota do Corso, quando apropriaram-se do Banco da Inglaterra por dívidas. Daí até 1944, as coisas mudaram pouco e, em verdade, pode-se dizer que de 44 em diante a mudança foi até sutil, porque consistiu na troca da libra inglesa pelo dólar norte-americano.

1971 vê uma mudança bem mais intensa, com o abandono do ouro e a vinculação do dólar norte-americano ao petróleo. Havia uma cláusula implícita no acordo celebrado entre Nixon e os príncipes sauditas, que veio a ser descumprida. Cabia ao governo norte-americano conter a fúria desestabilizadora da cúpula do sionismo. Não foram capazes disto porque aqueles a serem contidos minimamente infiltraram-se no governo norte-americano.

Bastaram duas tentativas de trocar óleo por euros ou ouro para as bombas caírem impiedosas entre Tigre e Eufrates e na Tripolitânia. Podia ser o fim do petrodólar, o que foi adiado com as intervenções bélicas, que não cuidaram nem de preservar estruturas produtivas. Era mais importante destruir e cessar a migração do dólar, mesmo que a produção fosse interrompida e os preços elevados.

Não tiveram condições, todavia, de impedir o Irã de sair do petrodólar, nem tiveram estupidez suficiente para iniciar o ataque militar à Pérsia. Claro que isto não está descartado, porque tudo que depende de níveis maiores de estupidez pode estar na iminência de acontecer. Acontece, porém, que há reais alternativas ao petrodólar, e mais estáveis.

Um yuan ou rublo, ou a combinação dos dois, lastreado em ouro é algo sempre cogitado. Não me parece que seja o caminho mais provável, mas deve haver algum suporte em ouro, mesmo. Não é à toa que a China vem comprando o que estiver à disposição no mundo e vem refundindo suas barras no padrão de um quilograma.

Essas coisas são de conhecimento de quem as procurar saber e, assim, é óbvio que, tanto os governos, quanto as casas bancárias estão perfeitamente a par do que se passa, do que se passará e de quem sofrerá as consequências. Tempos muito turbulentos esperam os povos norte-americano e europeu, porque são o centro emanador do plano e não mostram sinais de quererem evitar o caos.

As periferias destes centros ocidentais sofrerão ainda mais com a desarticulação do petrodólar, exceto se tiverem condições internas de aliarem-se a grupos sólidos econômica e militarmente, que não estejam interessados no caos. Os BRICS são o exemplo evidente, assim como é evidente porque querem desestabilizar a Rússia e o Brasil.

A tentativa de desestabilizar a Rússia é escancarada e tola. A provocação bélica, todos sabem, é apenas provocação. A escalada das sanções econômicas derrubará a Europa antes que caia a Rússia, porque a dependência daquela em relação a esta é grande, e não apenas em energia. O mercado russo é fundamental para as exportações européias, desde alimentos a automóveis.

Sob quaisquer perspectivas lógicas, a investida europeia contra a Rússia é incompreensível ou compreensível como uma grande, imensa, tolice. Claro que é uma imensa tolice para os interesses de 99% das pessoas, mas não necessariamente para o 01%. Depois de uma lobotomia, alguém pode acreditar nas preocupações com a Ucrânia, mas antes disso é difícil.

400 milhões de pessoas não fogem de um lugar para outro, em poucos instantes. Mas, 10 famílias e centenas de bilhões de euros fogem muito facilmente, porque a mobilidade capitais, este veneno, adotou-se por quase toda parte. Assim, pouco importam os destinos individuais de milhões de pessoas; na verdade, isso nunca foi importante.

Em tempos mais auspiciosos, esta situação poderia servir para testar os limites da democracia formal e convidá-la a funcionar e cumprir seus intuitos declarados. Todavia, não há porque esperar isto, tal é a anestesia dos povos europeus, alimentados por memória da abundância, perda da memória da pobreza, abundância residual atual, espetáculo, dívidas e falta de educação formal clássica. Não haverá reação e voltar as costas à Rússia piorará as coisas.

A articulação dos países dos BRICs, notadamente com a constituição de fundos que não incluam promissórias norte-americanas, será essencial para a estabilidade não apenas dos integrantes deste grupo, mas alternativa real ao colapso do petrodólar. Felizmente, a China não se guia pelo Levítico, nem tem casas bancárias tradicionais. Faz e fará qualquer negócio, com a vantagem de não querer  conquistar os corações e mentes dos 99% com discurso moralista e espetáculo vulgar.

Mesmo que se tente o retorno ao dólar baseado em ouro, será tardio e insuficiente. Não há ouro para isso e não convém uma moeda de transação cara, mesmo que para a função de reserva de valor isso seja interessante. Se este processo estivesse a cargo de gente comum – no sentido de não serem banqueiros ocidentais – seria conduzido para um pouso mais ou menos suave, com a manutenção parcial do petrodólar.

Mas, é conduzido da pior forma possível, uma vez que a cúpula bancária ocidental ganha com o caos.

1 Comment

  1. Severiano Miranda

    http://www.elmundo.es/internacional/2014/09/08/540e0717268e3e3c7b8b4572.html

    “El miedo a las represalias rusas retrasa la aplicación de las sanciones de la UE.”

    kkkkkkkkkkkkkkkkk

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