Duas figuras interessantes, primeiro, o famoso PIB, Produto Interno Bruto…
Segundo o jornal espanhol ABC, diz o FMI que em 2014, o PIB brasileiro será o 8º do mundo… Traduzindo, estaremos atrás apenas de: EUA, China, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Itália. Mesmo hoje em dia, não estamos tão mal… Além desses já citados, apenas há a mais, Rússia e Espanha (A reportagem do ABC.es é pra dizer que a Espanha vai descer algumas posições).
Agora outro gráfico, com um troço chamado Paridade do poder de compra:
Essa tal Paridade do poder de compra é um índice que relaciona o poder aquisitivo das pessoas com o custo de vida do local onde ela mora, se ela efetivamente consegue comprar tudo que necessita com seu salário. Já dá pra enxergar o tanto de análises que se podem fazer observando os dois gráficos?
Enaltecendo características óbvias dos países ditos “desenvolvidos”, é notável como essa tal PPC se faz no mundo ocidental “civilizado”, e como o resto do mundo está as moscas. Falando especificamente da Espanha, há quase vinte anos atrás, se estudava em colégios espanhóis que a Espanha era um país em desenvolvimento. Hoje, se estuda a Espanha, nos mesmos colégios, como um país desenvolvido. Eles tem lá seus problemas, agravados pela crise, mas desde antes, já tinham algumas soluções… Esses colégios, por exemplo, eram, e continuam, públicos.
Antes, soluções, desenvolvimento… Muito bem, estamos “antes”, estamos em “desenvolvimento” (??) e ainda não resolvemos absolutamente nada??? Temos problema com educação, temos problema com saúde, temos problema com “a”, com “b”, e com o resto do alfabeto também. É frustrante ainda ter que se deparar com a imprensa do sangue e a insegurança que ela te faz sentir (Folha de Pernambuco, Jornal do Comércio) vendem jornal pra caramba, e ainda fazem parte da programação diária de nossas TV’s, seja com Cardinot, ou com Zé Claudio, morremos nas mãos deles todos os dias. E o que é pior, não é uma exceção, é a regra, e se faz presente porque a insegurança realmente existe, lógico.
Lógico que alguns tipos de comparações são até irresponsáveis, voltando pra Espanha, há esse PIB para 40 milhões de pessoas mais um bom punhado de ilegais, do Marrocos ou não. Aqui com pouco menos ou pouco mais, há quase a mesma coisa, dividida de forma bem mais desproporcional para quase 200 milhões de pessoas. De menos mal, temos a situação melhor que o resto dos BRICS, e a esperança de que a tendência seja melhorar.
Bom, mesmo sem ter o número exato, é notável no segundo mapa, que, Brasil, Rússia, Índia e China, são grandes países em extensão. Mais exatamente, estão esses 4, dentre os 7 maiores do mundo, isso considerando a União Europeia como um país único, senão, estão eles dentre os 6 maiores, já que a Índia é maior que a UE. Olhando também a população, é notável que os tais BRICS tambem estão entre os paises mais populosos do mundo, sabendo que a riqueza de uma Índia, é um tantinho menor que a de um Brasil e que lá há 5 vezes mais pessoas dá um certo desespero.
Será que é esse o grande segredo BRIC? Terra demais e gente pra explorar? Chega uma hora que a exploração fica evidente…
Severiano Miranda
O crescimento econômico dos tais BRICS é uma evidência e não tende a ceder no curto prazo. A China e a Índia, por exemplo, não têm alternativas senão crescer, sempre.
O aspecto mais grave desse crescimento é que chegará um ponto em que o óbvio terá que ser dito e aceito. Ou seja, que as assimetrias atuais serão substituídas por outras.
O crescimento de uns, econômico e político, corresponderá à estagnação ou ao retrocesso de outros, pois só os tolos acreditam em contas de perda zero.
Preocupa-me, no caso do Brasil, que o crescimento econômico não venha acompanhado da correspondente redistribuição dele. Embora a distribuição de rendas tenha melhorado muito nos últimos seis anos, não é o suficiente.