Não foi um jornalista ou um escrevedor sem maiores compromissos políticos que disse uma grande verdade. Foi o primeiro-ministro da Turquia, em visita a Paris, a dizer o óbvio, sem meias palavras e com fundamentos. Não é algo desprezível, considerando-se que a Turquia é aliada de Israel e que os chefes de estado e de governo têm um pacto implícito com o eufemismo e a hipocrisia. É do trabalho deles, enfim.
Se um país recorre à força de maneira desproporcional, na Palestina, em Gaza, usa bombas de fósforo, não vamos dizer parabéns. Vamos lhe perguntar por que age dessa maneira. Houve um ataque que deixou 1.500 mortos e os motivos apresentados são falsos.
A Turquia é um precioso aliado do estado israelense e uma das chaves disso é que a escassa água que corre na Palestina vem precisamente de cima, dos vizinhos turcos. O primeiro-ministro avançou uma interessante posição no jogo para entrar na UE, pois a crítica explícita a Israel insere-se nesse contexto também. Vejamos se o senhor Sarkozy e a senhora Merkel terão habilidades suficientes para o assunto.
Andrei, Erdogan, como disseste, é um líder um pouco diferente… Olha o que ele fez num desses encontros de Davos (desculpa, mas não encontrei com legendas em português):
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Se ele disse isso na cara de Shimon Perez, dizer o que quer que diga, aos que agora conduzem França, Alemanha ou Inglaterra, acredito eu, é de menos… É aquele “cabra” que diz, “- Eu falo é na cara! Agora ache ruim!”.
Ele foi festejado na volta pra casa… Mas isso não gera notícia, pelo menos eu não as vi… E olha que tem vídeo, em melhor qualidade inclusive! Por menos que isso nosso Arruda (não sei como) tá na cadeia.
Mas é como disse Saramago, a Democracia (assim como Israel), está ali como uma santa num altar, onde ninguem mexe. Israel, não os judeus, não vejo os palestinos sendo bondosos assumindo controle do estado de mentira, na verdade acredito sim, que seriam bem mais eficazes que os alemães a matar judeus, o que já não seria pouca coisa…
Erdogan está fazendo um papel que alguém tem que fazer. Rompendo um pouco com as mentiras habituais.
Ele vai colocar a UE em posição difícil, falando assim. Quero ver como a França e a Alemanha vão resolver.