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Nunca tinha reparado, até que Alcides chamou-me a atenção. Todos os versos de Construção terminam em proparoxítonas. Isso dá um ritmo bem peculiar ao poema cantado e parece-me um recurso eufônico. Na estrofe final, os versos, os mesmos, terminam nas mesmas proparoxítonas, alternadamente. E não ficam sem sentido! Um jogo difícil até para um bom esteta.
“Morreu na contramão atrapalhando o TRÁfego.”
Uma partida muito pesarosa, a do Alcides. De marejar a vista ao se ver as imagens daquele sorriso em enormidade. É triste também ouvir o “vamos tocar o barco”, “ces’t la vie”, e coisas do tipo. Que barco, que vida?
“Pelo prazer de chorar e pelo “estamos aí”
Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir
Um crime pra comentar e um samba pra distrair
Deus lhe pague”
É verdade Andrei. E nós nos equilibramos também nos andaimes pingentes… da violência.
Gostei do Blog. É a primeira vez que passo por aqui, mas acho que não será a última. Sobre a música de Chico, sempre me impressionou, tanto o conteúdo quanto a forma. Só queria esclarecer, pra mim as palavras que terminam a maioria dos versos não seriam proparoxítonas? Foi só uma duvida que fiquei.
Parabéns, novamente.
Ana Carolina
Ana,
Obrigado pelas palavras gentis e pela correção.
As palavras dos finais dos versos são proparoxítonas, claro. É engraçado como o erro, às vezes, passa diante de nossa cara, mais de uma vez, e não o vemos. E insistimos nele.
Vou corrigir agora mesmo.
Show ,Chico é sempre um show e sabendo estes detalhes valorizo ainda mais suas letras.