Um espaço de convívio entre amigos, que acabou por se tornar um arquivo protegido por um só curador.

Construção, de Chico Buarque.

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Nunca tinha reparado, até que Alcides chamou-me a atenção. Todos os versos de Construção terminam em proparoxítonas. Isso dá um ritmo bem peculiar ao poema cantado e parece-me um recurso eufônico.  Na estrofe final, os versos, os mesmos, terminam nas mesmas proparoxítonas, alternadamente. E não ficam sem sentido! Um jogo difícil até para um bom esteta.

5 Comments

  1. André Raboni

    “Morreu na contramão atrapalhando o TRÁfego.”

    Uma partida muito pesarosa, a do Alcides. De marejar a vista ao se ver as imagens daquele sorriso em enormidade. É triste também ouvir o “vamos tocar o barco”, “ces’t la vie”, e coisas do tipo. Que barco, que vida?

    “Pelo prazer de chorar e pelo “estamos aí”
    Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir
    Um crime pra comentar e um samba pra distrair
    Deus lhe pague”

  2. Domingos Sávio

    É verdade Andrei. E nós nos equilibramos também nos andaimes pingentes… da violência.

  3. Ana

    Gostei do Blog. É a primeira vez que passo por aqui, mas acho que não será a última. Sobre a música de Chico, sempre me impressionou, tanto o conteúdo quanto a forma. Só queria esclarecer, pra mim as palavras que terminam a maioria dos versos não seriam proparoxítonas? Foi só uma duvida que fiquei.

    Parabéns, novamente.

    Ana Carolina

  4. Andrei Barros Correia

    Ana,

    Obrigado pelas palavras gentis e pela correção.

    As palavras dos finais dos versos são proparoxítonas, claro. É engraçado como o erro, às vezes, passa diante de nossa cara, mais de uma vez, e não o vemos. E insistimos nele.

    Vou corrigir agora mesmo.

  5. maria josé

    Show ,Chico é sempre um show e sabendo estes detalhes valorizo ainda mais suas letras.

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