A queima de livros de autores judeus, na Alemanha então sob o nazismo.
Já me resignei ao fim das livrarias nessa cidade de 400 mil habitantes. Busco livros na internet, nas livrarias virtuais. Todavia, essas também deixaram de ser livrarias e tornaram-se lojas de computadores, de impressoras, de jogos, de petrechos eletrônicos variados, de filmes, de discos, de brinquedos, que eventualmente vendem também livros. Assim seja, que as lojas vendem o que os clientes querem comprar.
Interessante é que nessas lojas torna-se mais difícil encontrar alguns títulos, como acabo de constatar. Não estava à procura do Quixote de Avellaneda ou da Revelação de Hermes Trimegisto, de Festugière. Tratava-se de um simples Zorba, de Nikos Kazantzakis! Mais um episódio da minha atual vontade de releituras.
Fui ao site da Livraria Cultura – que é bem razoável – e lá estava Zorba, sempre em edições francesas, alemães, castelhanas ou inglesas. Em português, nada. Fui ao da Livraria Saraiva e lá não estava o Grego, em qualquer língua. Fui à Estante Virtual – um site que congrega vários alfarrabistas brasileiros – e Zorba estava lá, tanto em português, como em francês, fartamente.
Como já disse ao estimado Pedro, não tenho problemas com livros usados. Mas tenho receios com os indícios de que eles, os livros, só se podendo encontrar usados, estejam enfim a tornar-se passado. Os manuais de encontro da paz interior, de conquista da riqueza, de sucesso profissional, de como mandar nos outros e tolices desse tipo, encontram-se sempre, que isso é presente constante.
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