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Mandou-me o vídeo o meu estimado Ubiratan. É uma curta poesia de Vinicius, a propósito da incompreensão de um certo Mr. Buster. Esse camarada não entendia como Vinícius, então cônsul brasileiro em Los Angeles, queria voltar para o Brasil. Os norte-americanos são assim, arrogantes a ponto de serem cegos, totalmente cegos. Aí o mundo muda e eles ficam com raiva porque não perceberam, nem foram avisados. E se fossem não compreenderiam…
É de escutar-se com atenção.
Percebo o quanto o feriado lhe foi inspirador, meu caro.
Entre a sapiência norteadora do príncipe dos sociólogos; a iniquidade tupiniquim à espreita; a satisfação do moço Lacerda e a perspicácia de Lott; tiveste tempo de conferir Olha aqui Mr. Buster?!
Vinicius, já naqueles idos, percebera a infantilidade e debilidade do fetiche americano de saciar a alma com consumismo, apegos exacerbados, psiquiatras e medicamentos, embora julguem ter encontrado o caminho mais curto e certeiro ao nirvana. Uma bela resposta, enfim, à arrogância.
Hoje, tive a oportunidade de conferir os vídeos que você postou de Ana Moura. O que me era estranho ocupa minha sofrida conexão há 2 horas… uma busca prazerosa pelo fado da bela moça.
Ainda ouso perguntar: já viu?
http://www.youtube.com/watch?v=y77hKodNoYk&feature=related
Um abraço
Bira,
Mr. Buster é um pedacinho de genialidade. E quase todo norte-americano é meio Mr. Buster.
Por viver na certeza de estar no centro do mundo – ou melhor no único mundo que existe – não concebe qualquer movimento centrífugo.
Rapaz, eu até gosto do fado, é bacana, mas é MUITO triste doido… Até quando é animado é triste… Vá ser triste assim lá nos confins do meu subconsciente… Porra….
É a guitarra, Vevel. A mesma que faz da música andaluza também triste. Sim, porque se reparares, a música andaluza é triste, embora rápida.
A rapidez talvez aponte a tristeza de vingança, ao passo que a tristeza do fado é como de resignação.
Essa história me lembra um filme que assisti do moore onde ele entrevista uma tipica dona de casa americana, e questiona sobre a invasão ao iraque. Ela responde candidamente que se os eua precisavam de oleo e se lá tinha óleo, eles tinham que ir buscar. Simples assim.